Chegou a Qui, porta-moedas digital 100% mobile
Lançada pela empresa portuguesa Pagaqui, a aplicação funciona como uma conta autónoma e oferece um conjunto de serviços de pagamento
É mais uma das soluções financeiras para concorrer com a banca tradicional. A Qui é uma aplicação para telemóveis ou tablets, que garante um conjunto de serviços, como receber dinheiro, fazer pagamentos e transferências, ou levantar dinheiro nas caixas automáticas.
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É mais uma das soluções financeiras para concorrer com a banca tradicional. A Qui é uma aplicação para telemóveis ou tablets, que garante um conjunto de serviços, como receber dinheiro, fazer pagamentos e transferências, ou levantar dinheiro nas caixas automáticas.
É uma espécie de porta-moedas digital, que acaba de ser lançada pela Pagaqui, em associação com uma entidade financeira espanhola, a Pecunia Cards, instituição de moeda electrónica, e pretende oferecer soluções de pagamento aliadas à disponibilização de um conjunto alargado de serviços, como já acontece com a compra de títulos de transporte, serviços de televisão ou vales de Playstation, mas que, num futuro próximo, poderá incluir a marcação de consultas, entre outros.
A conta e a disponibilização de um cartão Visa pré-pago terão um custo anual global de 10 euros, que é oferecido no primeiro ano. As transferências e pagamentos não terão custos porque, como explicou ao PÚBLICO João Barros, presidente executivo da Pagaqui, “a ideia não é onerar o cliente, mas antes que seja o prestador do serviço que o cliente vai comprar a suportá-lo”. Isso já acontece com a compra de títulos de transporte ou pagamento de serviços, em que o cliente não paga mais por isso.
João Barros avança que a quantidade de serviços que pode ser oferecida nestas condições é “enorme”, e dá o exemplo da Alipay, a maior empresa de pagamentos do mundo, com quem a Pagaqui tem uma colaboração, que disponibiliza um conjunto alargado de serviços, como a possibilidade de comprar a lotaria. Não é o cliente que vai pagar mais pela compra da lotaria através do telemóvel, mas sim a entidade que gere a lotaria que paga à Alipay pela disponibilização do serviço.
A Qui funciona como uma conta autónoma, como já acontece na Revolut ou outras soluções digitais, e permite receber dinheiro e fazer pagamentos ou transferências entre contas da mesma aplicação contactos (numa lógica semelhante ao MB Way, aplicação criada pela SIBS para os bancos). Através do número de telefone é possível realizar pagamentos de diversos serviços, fazer compras online e ainda levantar dinheiro nas caixas automáticas (ATM), vulgarmente designadas de multibanco.
João Barros adianta que, gradualmente, serão disponibilizadas outras valências, como a possibilidade de realizar transferências para um IBAN (número internacional de identificação bancária), ou serviços já garantidos pela Pagaqui através da rede fixa (pequenos estabelecimentos comerciais), como carregar títulos de transporte ou pagar serviços streaming de televisão.
“Acreditamos que a Qui é um verdadeiro desbloqueador e simplificador do sistema financeiro e irá permitir a um número significativo da população aceder aos serviços de pagamentos de forma rápida e ágil”, sustenta João Barros na apresentação da solução, que designa como “carteira digital”.
Já disponível para telemóveis e tablets com sistema Android e iOS, a utilização da aplicação não está sujeita a prazos de fidelização, necessitando apenas de o carregamento mínimo de 10 euros, garantindo o acesso ao cartão Visa.
A Pagaqui está presente em 3200 pontos de venda nacionais (pequenos estabelecimentos comerciais), através dos quais é possível “carregar títulos de transporte, pagar serviços streaming de televisão ou vales de Playstation”. O presidente desta fintech portuguesa, no mercado desde 2014, com mais de 10 milhões de transacções em 2018, admite que a rede será útil para a divulgação da Qui.
A empresa já disponibiliza 1600 produtos e iniciou, recentemente, a comercialização de alguns deles no Brasil.