Num editorial recente no New York Times, David Leonhardt comenta um artigo do Economist, referindo a mudança significativa que está a acontecer no comportamento eleitoral de comunidades de trabalhadores e operários em sítios como um porto da costa inglesa, onde sempre se votou trabalhista, e no Ohio. No Reino Unido, vão votar em Boris Johnson e nos EUA em Trump, em grande parte porque têm a percepção que os partidos em que votavam tradicionalmente, o Labour e os Democráticos, já “não estão ao seu lado”. No caso inglês votaram no “Brexit” em massa e querem o Reino Unido fora da União Europeia, por temerem que o mercado único lhes roube o emprego e mude o seu modo de vida, e, no caso americano, porque a retórica política de Trump em defesa das indústrias nacionais, do “empregue americano e compre americano”, parece proteger-lhes o emprego e o salário. As coisas não são bem assim, mas é o que parece e é o que eles “sentem”.
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Num editorial recente no New York Times, David Leonhardt comenta um artigo do Economist, referindo a mudança significativa que está a acontecer no comportamento eleitoral de comunidades de trabalhadores e operários em sítios como um porto da costa inglesa, onde sempre se votou trabalhista, e no Ohio. No Reino Unido, vão votar em Boris Johnson e nos EUA em Trump, em grande parte porque têm a percepção que os partidos em que votavam tradicionalmente, o Labour e os Democráticos, já “não estão ao seu lado”. No caso inglês votaram no “Brexit” em massa e querem o Reino Unido fora da União Europeia, por temerem que o mercado único lhes roube o emprego e mude o seu modo de vida, e, no caso americano, porque a retórica política de Trump em defesa das indústrias nacionais, do “empregue americano e compre americano”, parece proteger-lhes o emprego e o salário. As coisas não são bem assim, mas é o que parece e é o que eles “sentem”.