A favor, contra ou abstenção. Como tem votado a deputada única do Livre

A tomada de posse foi há menos de um mês e nas três sessões de votações no parlamento Joacine Katar Moreira tem optado pela abstenção em várias questões polémicas. Uma dessas abstenções valeu-lhe a condenação do partido.

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daniel rocha

Nas várias deliberações apresentadas nesta legislatura, a deputada única do Livre Joacine Katar Moreira tem votado maioritariamente alinhada com os restantes partidos da esquerda, em especial com PCP, PEV e BE e também com o PAN, abstendo-se em alguns votos mais polémicos. Neste sábado o grupo de contacto (direcção) do Livre manifestou “a sua preocupação com o sentido de voto da deputada Joacine Katar Moreira” depois de aquela se ter abstido num voto sobre a questão palestiniana.

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Nas várias deliberações apresentadas nesta legislatura, a deputada única do Livre Joacine Katar Moreira tem votado maioritariamente alinhada com os restantes partidos da esquerda, em especial com PCP, PEV e BE e também com o PAN, abstendo-se em alguns votos mais polémicos. Neste sábado o grupo de contacto (direcção) do Livre manifestou “a sua preocupação com o sentido de voto da deputada Joacine Katar Moreira” depois de aquela se ter abstido num voto sobre a questão palestiniana.

Nos votos que geraram clivagens entre os partidos, nomeadamente sobre questões internacionais, Joacine tem aprovado os votos apresentados à esquerda e tem-se abstido ou mesmo rejeitado os votos apresentados pela direita. Esta clivagem deve-se, muitas vezes a questões de ordem ideológica presentes nos artigos a votação — são exemplos disso as votações da deputada nas questões chilena e bolivariana.

Sobre o ataque ao quartel dos bombeiros de Borba, a deputada do Livre votou contra o voto apresentado pelo Chega, absteve-se no voto apresentado pelo CDS (a esquerda votou contra) e aprovou os restantes votos, incluindo o do PSD.

A deputada absteve-se na questão venezuelana em votos apresentados pelo CDS e PSD.

Nos vários votos de congratulação com a equiparação do comunismo estalinista ao fascismo, aprovada pelo Parlamento Europeu, a deputada votou contra. Joacine acabou por aprovar o voto de “condenação de todos os regimes totalitários, reafirmando a importância de políticas de valorização da memória”, apresentado pelo PS.

A deputada absteve-se também no voto “de saudação à construção da democracia em Portugal”, apresentado pelo PS, um texto apresentado a propósito do 25 de Novembro. O voto de saudação do PS foi uma resposta à proposta do CDS de “saudação do 44.º aniversário do 25 de Novembro”. Nessa votação, Katar Moreira não participou uma vez que estava ausente do hemiciclo, justificou este sábado em comunicado.

Em relação aos projectos de lei, votados na generalidade, Joacine mostrou-se a favor do reforço dos cuidados de assistência na gravidez e no parto e da existência de valorizações remuneratórias dos docentes do ensino superior. A deputada do Livre votou ainda favoravelmente as recomendações ao Governo para que garanta as condições para a realização de sesta na educação pré-escolar, pela defesa do Pinhal de Leiria ou pela discriminação positiva dos doentes com doenças inflamatórias do intestino. 

Mas o acto mais polémico é a abstenção na "condenação da nova agressão israelita a Gaza e da declaração da administração Trump sobre os colonatos israelitas”. Este voto, apresentado pelo PCP, mereceu um comunicado da direcção do Livre, afirmando que o texto levado a votação pelos comunistas “colhe uma posição favorável por parte da direcção do partido LIVRE”, ao contrário do voto da deputada. com Liliana Borges