Morreu Jean Douchet, o “homem cinema”
Nome reverenciado da crítica, foi companheiro de percurso da geração que liderou a revolução da nouvelle vague, primeiro escrevendo nos Cahiers du Cinema e expondo depois o seu amor pela Sétima Arte enquanto comunicador empolgante e pensador arguto. Tinha 90 anos. “Acredito verdadeiramente que o facto de tudo ser movimento é a coisa mais bela que existe”, dizia.
Esteve ao lado da Nouvelle Vague, ou melhor, contribuiu para a definir enquanto movimento novo, passe a redundância, reflexo de um presente em mudança que, por isso mesmo, passava por uma recontextualização do passado. Foi crítico e foi nessa função que ganhou o seu estatuto de “Sócrates do cinema” – fora estudante de filosofia antes da chamada definitiva da sétima arte —, ou, talvez melhor cognome, de “Homem Cinema" — título do livro saído de uma entrevista conduzida por Joël Magny. Companheiro de caminhada, nos Cahiers du Cinema, de Éric Rohmer ou Barbet Schroeder, era um comunicador empolgante e um pensador arguto, um professor marcante, mas sem tiques professorais (que o digam François Ozon ou Xavier Beauvois), que também deixou obra enquanto realizador. Jean Douchet morreu esta sexta-feira, aos 90 anos.
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Esteve ao lado da Nouvelle Vague, ou melhor, contribuiu para a definir enquanto movimento novo, passe a redundância, reflexo de um presente em mudança que, por isso mesmo, passava por uma recontextualização do passado. Foi crítico e foi nessa função que ganhou o seu estatuto de “Sócrates do cinema” – fora estudante de filosofia antes da chamada definitiva da sétima arte —, ou, talvez melhor cognome, de “Homem Cinema" — título do livro saído de uma entrevista conduzida por Joël Magny. Companheiro de caminhada, nos Cahiers du Cinema, de Éric Rohmer ou Barbet Schroeder, era um comunicador empolgante e um pensador arguto, um professor marcante, mas sem tiques professorais (que o digam François Ozon ou Xavier Beauvois), que também deixou obra enquanto realizador. Jean Douchet morreu esta sexta-feira, aos 90 anos.