Michelin: Lisboa ajudou Martín Berasategui a bater o seu próprio recorde de estrelas
Com uma estrela para o restaurante da Torre Vasco da Gama e outra para o Ola de Bilbao, as cozinhas do chef basco já somam 12 estrelas.
O chef basco Martín Berasategui superou esta quarta-feira o seu próprio recorde de estrelas Michelin, alcançando as 12 graças à conquista de duas novas distinções no Guia Espanha e Portugal 2020, que atribuiu o galardão máximo a um restaurante na Cantábria.
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O chef basco Martín Berasategui superou esta quarta-feira o seu próprio recorde de estrelas Michelin, alcançando as 12 graças à conquista de duas novas distinções no Guia Espanha e Portugal 2020, que atribuiu o galardão máximo a um restaurante na Cantábria.
O chef conquistou uma estrela ("uma cozinha de grande nível, compensa parar") para o seu primeiro restaurante em Portugal, Fifty Seconds by Martín Berasategui (Lisboa), com o chefe executivo Filipe Carvalho – e que fica a 120m de altura na Torre Vasco da Gama, e também para o Ola Martín Berasategui (Bilbao) na cerimónia que decorreu em Sevilha, Espanha.
Distinções que se juntam às três estrelas ("uma cozinha única, justifica a viagem") dos restaurantes Martín Berasategui (Bilbao) e Lasarte (Barcelona), às duas estrelas ("uma cozinha excepcional, merece o desvio") do M.B. (Tenerife) e da estrela dos eMe Be Garrote (San Sebastián) e Oria (Barcelona).
Estas duas últimas foram anunciadas na gala do ano passado, que decorreu em Lisboa, quando Berasategui subiu de oito para dez estrelas.
Michelin 2020: as estrelas espanholas
Na edição de 2020 do guia ibérico, há apenas um novo restaurante com três estrelas, localizado em Espanha: o Cenador de Amós, num “encantador palácio-mansão” em Villaverde de Pontones, na Cantábria (Norte), descreve o Guia Michelin.
Os inspectores do guia declararam que o chef Jesús Sánchez obteve a mais alta distinção pela sua “incansável procura da emoção”, fazendo com que “o cliente descubra a sua proposta em etapas, de forma a apreciar ainda mais os diferentes espaços do edifício e todos esses detalhes únicos que deixam a sua marca numa experiência culinária”.
Este restaurante alcança assim a categoria máxima, com os inspectores a valorizarem “o facto de ali ser dada prioridade ao respeito pelos sabores da Cantábria, tornando-os reconhecíveis e expressos plenamente em cada prato”.
No próximo ano, há cinco novos restaurantes com duas estrelas e 19 novidades com uma estrela. Ao mesmo tempo, perdeu-se a distinção máxima atribuída há um ano a Daní Garcia, em Marbella (Sul de Espanha), do chef com o mesmo nome, que deu o seu último jantar no restaurante no sábado passado.
Em Espanha há dez restaurantes com uma estrela que perdem esta classificação, ou por encerramento ou porque os inspectores consideraram que não cumpriam os critérios do guia.
No total, a edição de 2020 contempla 11 restaurantes com a classificação máxima, dos quais uma novidade (todos em Espanha); 36 com duas estrelas, dos quais seis novos, e 194 restaurantes com uma estrela (23 novos).
Na categoria Bib Gourmand (boa relação qualidade/preço), há 302 estabelecimentos, dos quais 56 novos – destes, seis são portugueses: Taberna Ó Balcão de Santarém, Solar do Bacalhau de Coimbra, o Saraiva’s de Lisboa, a Casa do Chef Victor Felisberto em Alferrarede, Abrantes, Le Babachris de Guimarães e In Diferente no Porto.
O jantar da cerimónia, em que participaram cerca de 500 convidados, entre responsáveis políticos, empresários da restauração, chefes de cozinha e imprensa, foi servido por oito cozinheiros andaluzes, sob o comando de Ángel León (Aponiente, três estrelas, Cádiz), que recebeu o Prémio Sustentabilidade para Portugal & Espanha – foi a primeira vez que a Michelin atribuiu o galardão.