Presidente não vê “razão nenhuma para estar preocupado” com manifestação de polícias

Marcelo sublinha que tem estado a haver diálogo entre o Governo e as forças de segurança sobre o seu estatuto, que “se deteriorou” na última década.

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Miguel Manso

O Presidente da República considera que não há “razão nenhuma para estar preocupado” com a manifestação de polícias da PSP e da GNR marcada para esta quinta-feira, em Lisboa. E o principal motivo para não estar preocupado é o facto de já se ter iniciado o diálogo entre as associações de polícia e o Governo com vista à revisão do estatuto das forças de segurança.

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O Presidente da República considera que não há “razão nenhuma para estar preocupado” com a manifestação de polícias da PSP e da GNR marcada para esta quinta-feira, em Lisboa. E o principal motivo para não estar preocupado é o facto de já se ter iniciado o diálogo entre as associações de polícia e o Governo com vista à revisão do estatuto das forças de segurança.

“Há o exercício de um direito democrático de manifestação e há, naturalmente, regras legais sobre o exercício desse direito”, afirmou aos jornalistas no Pavilhão do Conhecimento, à margem da apresentação do projecto do PÚBLICO PSuperior.

Marcelo Rebelo de Sousa começou por recordar que ele próprio chamou a atenção para a necessidade de rever os estatutos das Forças Armadas e das forças de segurança no discurso de tomada de posse do actual Governo. E sublinhou também o facto de o ministro da Administração Interna ter já iniciado um processo de diálogo com as associações de polícia nesse sentido.

Por outro lado, sublinhou que “o direito de manifestação é um direito democrático de todos os cidadãos, sem excepção, e como tal deve ser encarado”, e por outro lado frisou que “há regras no exercício do direito de manifestação.”

“Neste contexto, não vejo razão nenhuma para estar preocupado, havendo contacto e diálogo entre governo e estruturas associativas sobre o estatuto das forças de segurança, que se deteriorou de facto ao longo dos últimos dez anos”, disse.

Mas já não quis dizer se temia ver a repetição do cenário de 2013, quando uma manifestação de guardas prisionais acabou com a ocupação de parte da escadaria da Assembleia da República, desrespeitando o perímetro de segurança definido pela PSP.