José Mário Branco, um gigante que se foi da lei da morte libertando

Cantor, compositor, arranjador, produtor, José Mário Branco marcou mais de uma geração com a sua imensa capacidade de elevar a música aos patamares mais altos da arte. Morreu subitamente aos 77 anos, quando ainda teria muito para dar às causas que tanto amou.

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Em Mudar de Vida (2007) Jorge Miguel Gonçalves/NFactos

Numa das muitas canções que escreveu, Amor gigante, José Mário Branco descobriu certo dia um novo sentido, ao gravá-la. Escrita para a peça Gulliver, do grupo de teatro A Barraca, ele viu na paixoneta de Gulliver por uma menina do país dos gigantes, retratada em Amor gigante, a relação dele próprio com a música e também com a utopia, “essa revolução a que todos aspiramos e que não se sabe bem o que é”. Era ele o “pequenito amante” e a menina gigante era a música. Só que as muitas vozes que agora se ouvem a lembrá-lo, a sua vida, a sua obra, indicam algo diferente: o “pequenito amante” na verdade agigantou-se, namorou a música e fez-nos a todos mais felizes.

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Numa das muitas canções que escreveu, Amor gigante, José Mário Branco descobriu certo dia um novo sentido, ao gravá-la. Escrita para a peça Gulliver, do grupo de teatro A Barraca, ele viu na paixoneta de Gulliver por uma menina do país dos gigantes, retratada em Amor gigante, a relação dele próprio com a música e também com a utopia, “essa revolução a que todos aspiramos e que não se sabe bem o que é”. Era ele o “pequenito amante” e a menina gigante era a música. Só que as muitas vozes que agora se ouvem a lembrá-lo, a sua vida, a sua obra, indicam algo diferente: o “pequenito amante” na verdade agigantou-se, namorou a música e fez-nos a todos mais felizes.