“What happened to the West Village?”, perguntou o New York Review of Books, há cerca de um mês, depois de passear pelas suas ruas e falar com antigos residentes. Outrora o coração artístico, cultural e cívico de uma metrópole descrita por John Lennon, em tempos de glória, como uma nova Roma de um novo Império Romano, o bairro é um dos exemplos mais fortes da gentrificação que atravessa Manhattan: um território onde os seus lugares-património (cafés, livrarias, pontos de encontro) vão desaparecendo e o antigo espírito da contracultura é substituído por residentes que, adquirindo casas por vários milhões de dólares, trazem, para o centro da cidade, um modo de vida suburbano estampado nos distribuidores Amazon que lutam por lugares de estacionamento para entregar as suas encomendas. Numa das fronteiras do bairro, uma instituição, criada nesses tempos de ouro (e sujidade), sobrevive à migração de uma população sufocada pelo custo de vida: o Film Forum.
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“What happened to the West Village?”, perguntou o New York Review of Books, há cerca de um mês, depois de passear pelas suas ruas e falar com antigos residentes. Outrora o coração artístico, cultural e cívico de uma metrópole descrita por John Lennon, em tempos de glória, como uma nova Roma de um novo Império Romano, o bairro é um dos exemplos mais fortes da gentrificação que atravessa Manhattan: um território onde os seus lugares-património (cafés, livrarias, pontos de encontro) vão desaparecendo e o antigo espírito da contracultura é substituído por residentes que, adquirindo casas por vários milhões de dólares, trazem, para o centro da cidade, um modo de vida suburbano estampado nos distribuidores Amazon que lutam por lugares de estacionamento para entregar as suas encomendas. Numa das fronteiras do bairro, uma instituição, criada nesses tempos de ouro (e sujidade), sobrevive à migração de uma população sufocada pelo custo de vida: o Film Forum.