Quem quer casar com o príncipe? D. Rafael, do Brasil, anda à procura de noiva
Príncipe de Orleães e Bragança acredita que é possível simultaneamente encontrar o amor e continuar na linha de sucessão da família imperial brasileira.
Casar com um príncipe era o sonho de infância de muitas meninas inspiradas pelos clássicos da Disney. D. Rafael, descendente de D. Pedro II do Brasil, procura princesa para casar e manter a linha de sucessão da coroa brasileira.
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Casar com um príncipe era o sonho de infância de muitas meninas inspiradas pelos clássicos da Disney. D. Rafael, descendente de D. Pedro II do Brasil, procura princesa para casar e manter a linha de sucessão da coroa brasileira.
Rafael António Maria José Francisco Gabriel Gonzaga de Orleães e Bragança tem 32 anos e está na linha de sucessão ao trono, inexistente desde 1889, quando o golpe de Estado republicano ditou o exílio da família imperial, D. Pedro II incluído. “A tradição pede que seja um casamento dinasta (entre membros de dinastias com o mesmo estatuto)”, afirma aquele que os brasileiros monárquicos consideram o príncipe de Orleães e Bragança ao jornal paulista Estadão.
Porém, este conto de fadas da idade moderna não se adivinha fácil. É que, para ser pretendente de D. Rafael não basta ser da aristocracia; é preciso pertencer a uma família real, sem que o pretendente a noivo dispense o sentido romântico da união. É que o mesmo acredita ser possível encontrar o amor e conseguir manter-se na linha para o trono. “As pessoas têm afinidade natural quando compartilham os mesmos valores, então o que eu espero é encontrar uma pessoa que me complete e me faça feliz”, garante o herdeiro do antigo império brasileiro, actualmente a trabalhar em Londres como engenheiro de produção. “Se acontecer, óptimo”, acrescenta.
Nascido em 1986, Rafael de Orleães e Bragança é herdeiro directo de P. Pedro II, sendo trineto de D. Isabel, filha do último imperador do Brasil e sobrinha da portuguesa D. Maria II. A actual família imperial brasileira divide-se em dois ramos: Petrópolis e Vassouras. Quando em 1908, o primeiro filho da princesa D. Isabel decidiu casar com uma condessa checa, de posição social inferior, foi obrigado a renunciar ao trono. A linhagem de D. Rafael descende então de D. Luiz, o segundo filho da princesa D. Isabel, e que originou o ramo de Vassouras. Os brasileiros monárquicos reconhecem, assim, os direitos dinásticos ao ramo de Vassouras e é daí que vem o actual chefe da Casa Imperial do Brasil, D. Luiz Gastão, de 81 anos. Entre os parentes da sua idade, Rafael tornou-se o primeiro na linha de sucessão quando o irmão mais velho, Pedro Luiz, morreu no acidente do voo 447 da Air France, que viajava entre o Rio de Janeiro e Paris, em 2009.
Será que D. Rafael ainda espera ser imperador do Brasil? A resposta é sim. Em 2012, numa entrevista à revista monárquica Herdeiros do Provir, o jovem respondeu que a “restauração da Monarquia passa a ser uma questão de tempo”.