Portugal terá um veleiro candidato a vencer The Ocean Race
A Fundação Mirpuri apresentou o “Racing for the Planet”, um VO65 para “competir pelo troféu”, mas também pela luta “contra as alterações climáticas”.
Dentro de aproximadamente dois anos, com o mesmo ponto de partida da campanha de 2017-18 (Alicante), mas sem Lisboa como destino da primeira paragem, a The Ocean Race - a Volvo deixa de estar associada ao nome da prova – voltará a ter na sua frota um barco com bandeira portuguesa, mas desta vez as ambições serão mais arrojadas. Após participar na última edição da mais prestigiada e difícil competição internacional de navegação à vela à volta do mundo associando-a à campanha “Turn the Tide on Plastic” das Nações Unidas, a Fundação Mirpuri apresentou nesta sexta-feira, em Cascais, o “Racing for the Planet”, um veleiro VO65 que “promete competir pelo troféu”, “pela sustentabilidade” e pela luta “contra as alterações climáticas”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Dentro de aproximadamente dois anos, com o mesmo ponto de partida da campanha de 2017-18 (Alicante), mas sem Lisboa como destino da primeira paragem, a The Ocean Race - a Volvo deixa de estar associada ao nome da prova – voltará a ter na sua frota um barco com bandeira portuguesa, mas desta vez as ambições serão mais arrojadas. Após participar na última edição da mais prestigiada e difícil competição internacional de navegação à vela à volta do mundo associando-a à campanha “Turn the Tide on Plastic” das Nações Unidas, a Fundação Mirpuri apresentou nesta sexta-feira, em Cascais, o “Racing for the Planet”, um veleiro VO65 que “promete competir pelo troféu”, “pela sustentabilidade” e pela luta “contra as alterações climáticas”.
O mapa ainda não está totalmente desenhado e três dos nove stopovers ainda estão por anunciar, mas quatro da seis paragens já conhecidas (Alicante, Aarhus, Haia e Génova) são na Europa, confirmando que após três edições consecutivas como stopover, Lisboa vai sair do roteiro da mais longa prova de circum-navegação de vela por equipas.
Com a falta de um acordo entre os responsáveis da The Ocean Race e as entidades portuguesas, Cabo Verde aproveitou a oportunidade e o porto do Mindelo, na Ilha de São Vicente, já foi anunciado como uma das nove escalas da competição.
Opções políticas à parte – o PSD chegou a acusar o Governo de tratar o assunto “de forma pouco diligente para não dizer irresponsável” -, Portugal continuará a ter uma ligação forte à competição, por iniciativa da Fundação Mirpuri.
Em Abril deste ano, em entrevista ao PÚBLICO, Paulo Mirpuri revelou que depois de na “última campanha a ambição” ter sido, “sobretudo, transportar uma mensagem forte, ganhar experiência e conhecer por dentro esta corrida lendária”, em 2021-22 a ambição da recém criada Mirpuri Foundation Racing Team, que deverá voltar a ter portugueses na sua tripulação, será de “entrar na corrida com o objectivo de ganhar para, com a vitória, tentar que a mensagem de sustentabilidade chegue ao maior número de pessoas possível”.
Presente na apresentação do “Racing for the Planet” esteve também o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, que fez um reconhecimento em nome do Governo “à importância para o país” de poder “contar com uma embarcação e uma equipa, numa das mais exigentes e competitivas competições de vela do nosso planeta”.