Operação Peão em Segurança é a resposta da GNR ao aumento dos atropelamentos em 2018
Os dados apontam ainda um aumento de 11% no número de vítimas graves em relação ao ano anterior.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 3950 atropelamentos no ano de 2018, que provocaram 70 mortos e 202 feridos graves (a nível nacional, entre os números relativos a áreas sob jurisdição da GNR e de outras entidades, morreram 151 pessoas em 2018). Cerca de 75% das vítimas mortais contabilizadas pela GNR tinham mais de 50 anos.
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A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 3950 atropelamentos no ano de 2018, que provocaram 70 mortos e 202 feridos graves (a nível nacional, entre os números relativos a áreas sob jurisdição da GNR e de outras entidades, morreram 151 pessoas em 2018). Cerca de 75% das vítimas mortais contabilizadas pela GNR tinham mais de 50 anos.
Os dados representam um aumento de 11% no número de vítimas graves em relação a 2017, sublinha a GNR em comunicado. Os atropelamentos “assumem uma particular preocupação, devido ao facto do maior volume de tráfego automóvel e pedonal coincidir com o período do anoitecer ou início da noite”, entre as 17h e as 20h. Para este tipo de sinistralidade, nota a GNR, contribui a falta de visibilidade, a distracção, a condução sob stress ou fadiga ou a falta de cuidado dos peões ao atravessar as vias.
Para colmatar estes números da sinistralidade, a GNR irá realizar uma operação de trânsito e segurança rodoviária, intitulada Peão em Segurança, nos dias 14 e 15 de Novembro e 5 e 6 de Dezembro, nomeadamente nos distritos do Porto, Braga, Lisboa, Setúbal e Faro. Através da Unidade Nacional de Trânsito e dos Comandos Territoriais, a GNR irá realizar acções de fiscalização e sensibilização dentro das localidades.
Os agentes estarão principalmente atentos a infracções como o estacionamento indevido em passeios e outros locais destinados à circulação de peões, estacionamento a menos de cinco metros ou em passagem assinalada para a travessia de peões, o desrespeito pela sinalização, excesso de velocidade, condução sob influência do álcool, falta de utilização de sistemas de iluminação e sinalização ou a condução ao telemóvel.
O objectivo, sublinha a GNR, é “contribuir para a melhoria das condições de segurança e mobilidade dos peões, incutir comportamentos mais seguros por parte de todos os utentes e prevenir a ocorrência de acidentes de viação por atropelamento”.
Notícia corrigida às 17h12: o título anterior indicava, incorrectamente, que apenas tinham morrido 70 pessoas por atropelamento em 2018. Esse número refere-se apenas a áreas sob jurisdição da GNR, sendo que o total nacional é de 151 vítimas mortais em 2018