Rússia instala primeira base de helicópteros no Norte da Síria após retirada dos EUA

“É um momento histórico”, disse o canal do Ministério da Defesa russo. Infuência de Moscovo cresceu ainda mais com a saída dos soldados norte-americanos da região, ordenada em Outubro pelo Presidente Donald Trump.

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Tropas russas e turcas patrulham a fronteira entre a Síria e a Turquia EPA

A Rússia começou a instalar uma base para helicópteros num aeroporto civil no Nordeste da Síria, na cidade de Qamishli, após a retirada das forças norte-americanas ordenada pelo Presidente Donald Trump em Outubro.

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A Rússia começou a instalar uma base para helicópteros num aeroporto civil no Nordeste da Síria, na cidade de Qamishli, após a retirada das forças norte-americanas ordenada pelo Presidente Donald Trump em Outubro.

A nova base está protegida por sistemas de mísseis Pantsir e já foram deslocados para lá três helicópteros – dois Mi-35 de combate e um Mi-8 de transporte.

O canal de televisão do Ministério da Defesa russo, a Zvezda TV, mostrou imagens de soldados da polícia militar a fazer segurança à base e também a chegada dos helicópteros. Foram instaladas uma estação meteorológica e uma pequena sala de operações.

“Este é o primeiro grupo de helicópteros militares russos aqui no Norte da Síria. É um momento histórico”, disse o correspondente da Zvezda TV, Pavel Remnev. “A partir de hoje, esta base vai ser operada de forma permanente na cidade de Qamishli.”

A base russa foi instalada menos de um mês depois de as forças norte-americanas terem sido retiradas da região sob as ordens do Presidente Donald Trump. Na sequência dessa decisão, muito contestada pelos habitantes locais, a Turquia invadiu a região onde as forças curdas se tinham instalado durante os combates contra os extremistas islâmicos do Daesh.

A Rússia já patrulhava uma área próxima da fronteira entre a Síria e a Turquia, para protecção da polícia militar russa. Segundo a estação Zvezda, a nova base vai permitir que esse patrulhamento seja mais eficaz.

As patrulhas são realizadas em conjunto com as forças turcas e destinam-se a monitorizar um acordo entre Moscovo e Ancara na sequência da ofensiva da Turquia contra os curdos.