Primeiro dia de greve fecha duas escolas
Protesto convocado pelo sindicato Stop, que se prolonga até ao dia 22, começa com pouco impacto. Pré-aviso também abrange funcionários além dos professores.
O primeiro de dez dias de greve nas escolas, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (Stop), levou ao encerramento de duas escolas, ambas na Amadora. O protesto, motivado pelos episódios recentes de violência em estabelecimentos de ensino, abrange não só os docentes, mas também os funcionários.
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O primeiro de dez dias de greve nas escolas, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (Stop), levou ao encerramento de duas escolas, ambas na Amadora. O protesto, motivado pelos episódios recentes de violência em estabelecimentos de ensino, abrange não só os docentes, mas também os funcionários.
As duas escolas fechadas nesta segunda-feira são a Básica 2,3 Francisco Manuel de Melo e a Secundária Seomara da Costa Primo, ambas pertencentes ao Agrupamento de Escola Amadora Oeste. Neste caso, foi a adesão de funcionários não docentes à greve que levou ao seu encerramento.
A direcção do agrupamento da Amadora já tinha comunicado, através do seu sítio na Internet e das redes sociais, no final da semana passada que face às informações “relativas à intenção de adesão do pessoal não docente” à greve iria cancelar todas as actividades comemorativas relativas ao Dia da Escola Seomara Costa Primo que estavam previstas para o primeiro dia da semana.
O PÚBLICO tentou contactar telefonicamente a direcção da escola ao longo da tarde desta segunda-feira, mas sem sucesso.
O Stop passou recentemente também a representar os assistentes operacionais. Esta segunda-feira, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais também convocou uma greve de trabalhadores das escolas para o final deste mês.
No início do mês, o Stop entregou pré-avisos para dez dias de greve, que se prolongam até 22 Novembro. A paralisação tem como mote a violência nas escolas e o clima de “impunidade” relativamente ao fenómeno, bem como a exigência da retirada total do amianto das escolas públicas.
Nas restantes escolas do país, o protesto não está a ter impacto. “Na escola onde trabalho e nas dos colegas com quem tenho falado, a greve não é visível”, afirma o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira. Esta percepção é confirmada ao PÚBLICO também pelo presidente Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.
André Pestana, dirigente do Stop, diz que esta “não é uma greve como aquelas a que as pessoas estão habituadas”. O pré-aviso de dez dias permite que, por exemplo, haja paralisação numa escola num dia, mantendo esta o funcionamento habitual nos restantes. “Vai depender do nível de mobilização de cada comunidade”, explica o sindicalista.
Esta terça-feira, os dirigentes do Stop começam o dia junto à Escola Básica 2,3 Inês de Castro, em Coimbra, esperando que a escola também encerre devido à greve.