Este historiador de arte anda há mais de 50 anos a explicar porque é que Manet não se explica

O artista francês é uma das “maravilhosas” obsessões do crítico e historiador de arte Michael Fried. Foi dela que veio falar a Lisboa, a partir de duas obras de 1868. Manet resiste a interpretações, avisa, mas nunca desilude quem gosta de fazer perguntas sem se preocupar muito com as respostas.

Foto
O crítico e historiador de arte Michael Fried veio inaugurar o programa Lisbon Lectures in the Humanities, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nuno ferreira santos

Há 64 anos que Michael Fried se deixou fascinar por Édouard Manet. Tudo começou com Le déjeuner sur l’herbe, “uma pintura estranhíssima” que não lhe sai da cabeça. “Podíamos escrever um tratado sobre ela e sobre a sua estranheza, mas digamos antes, para simplificar, que ninguém faz ideia do que ali se passa. E isso é deliberado”, explicava ao PÚBLICO este norte-americano que é um dos principais críticos e historiadores de arte mundiais na véspera de inaugurar o programa Lisbon Lectures in the Humanities, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com uma conferência feita a partir de duas outras pinturas do artista francês — Le balcon e Le déjeuner dans l’atelier — mas que não deixou de fora (não poderia) a obra icónica de 1862-63. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Há 64 anos que Michael Fried se deixou fascinar por Édouard Manet. Tudo começou com Le déjeuner sur l’herbe, “uma pintura estranhíssima” que não lhe sai da cabeça. “Podíamos escrever um tratado sobre ela e sobre a sua estranheza, mas digamos antes, para simplificar, que ninguém faz ideia do que ali se passa. E isso é deliberado”, explicava ao PÚBLICO este norte-americano que é um dos principais críticos e historiadores de arte mundiais na véspera de inaugurar o programa Lisbon Lectures in the Humanities, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com uma conferência feita a partir de duas outras pinturas do artista francês — Le balcon e Le déjeuner dans l’atelier — mas que não deixou de fora (não poderia) a obra icónica de 1862-63.