Lula ataca o “lado podre do Estado brasileiro”
No primeiro discurso após sair da prisão, o ex-Presidente manifestou a intenção de liderar a oposição a Bolsonaro.
Assim que saiu da prisão, o ex-Presidente brasileiro Lula da Silva não poupou aquilo que chamou de “lado podre d0 Estado brasileiro” no primeiro discurso que fez em liberdade. “Vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice do lado podre do Estado brasileiro, o lado podre da justiça, do Ministério Público, da polícia”, afirmou Lula, ao mesmo tempo que agradecia aos apoiantes que se mantiveram em Curitiba nos últimos meses.
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Assim que saiu da prisão, o ex-Presidente brasileiro Lula da Silva não poupou aquilo que chamou de “lado podre d0 Estado brasileiro” no primeiro discurso que fez em liberdade. “Vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice do lado podre do Estado brasileiro, o lado podre da justiça, do Ministério Público, da polícia”, afirmou Lula, ao mesmo tempo que agradecia aos apoiantes que se mantiveram em Curitiba nos últimos meses.
Lula anunciou que sábado vai para São Paulo, onde vai ter uma reunião no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para definir a estratégia dos próximos meses. A seguir acrescentou que “as portas do Brasil estão abertas”, confirmando que pretende percorrer o país. Ao mesmo tempo, o ex-Presidente mostrou intenção de liderar a oposição ao Governo de Jair Bolsonaro. “O Brasil não melhorou, o povo está com fome, desempregado”, afirmou.
Apesar das duras palavras dirigidas aos responsáveis pela sua condenação, Lula garantiu sair da prisão sem ódio: “O amor vai vencer neste país.”
Entre os agradecimentos, o ex-Presidente teve ainda tempo para apresentar a sua companheira, a socióloga Rosângela Silva, que conheceu enquanto estava detido. "Consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada, estar apaixonado e ela aceitar casar comigo”, ironizou.
Lula foi libertado um dia depois de o Supremo Tribunal Federal ter anulado as prisões de condenados em segunda instância. A sentença foi muito criticada pelos procuradores da Operação Lava-Jato, que a denunciaram como sendo contrária ao “sentimento de repúdio à impunidade” no país.
O ex-Presidente foi condenado a mais de nove anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro pelo caso que envolve o apartamento de Guarujá. Noutro caso foi condenado a mais de 12 anos e é réu em outros cinco processos que aguardam julgamento.