“Não quero os legumes”

Sempre que possível, cozinhe em família e deixe que o seu filho participe na preparação das refeições. Mostre a importância de cada alimento e explique os benefícios que têm para a nossa saúde. É importante que a criança comece a criar associações entre os alimentos e o impacto que eles têm no seu corpo e no seu crescimento.

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Katie Smith/Unsplash

Os hábitos alimentares aprendidos durante a infância determinam os comportamentos alimentares na idade adulta. Os pais, a família e os educadores em geral desempenham um papel fundamental na aprendizagem do “comer saudável” porque, à semelhança do que acontece noutras áreas do saber, as crianças não estão dotadas de conhecimentos para escolherem os alimentos em função do seu benefício e valor nutricional, por isso, criam os seus hábitos alimentares com base na observação dos adultos. Desta forma, podemos admitir que a estrutura familiar tem influência na evolução dos hábitos alimentares das crianças.

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Os hábitos alimentares aprendidos durante a infância determinam os comportamentos alimentares na idade adulta. Os pais, a família e os educadores em geral desempenham um papel fundamental na aprendizagem do “comer saudável” porque, à semelhança do que acontece noutras áreas do saber, as crianças não estão dotadas de conhecimentos para escolherem os alimentos em função do seu benefício e valor nutricional, por isso, criam os seus hábitos alimentares com base na observação dos adultos. Desta forma, podemos admitir que a estrutura familiar tem influência na evolução dos hábitos alimentares das crianças.

Porque são importantes os legumes e vegetais? Estes alimentos são muito ricos em vitaminas e minerais, considerados nutrientes essenciais. O nosso organismo não os consegue produzir, mas necessita deles para diversos processos metabólicos. Como não há nenhum alimento que contenha todas as vitaminas e minerais na quantidade adequada, torna-se essencial ter uma alimentação variada, rica em legumes e vegetais.

Mas o que podemos fazer quando as crianças nos afirmam: “Não quero os legumes.” Convencer as crianças a comerem legumes e não só, começa pelo exemplo. Isso mesmo! Seja um exemplo para o seu filho — dar o exemplo é a forma mais eficaz de incutir bons hábitos ao seu filho. É normal que as crianças queiram provar tudo aquilo que os adultos comem, por isso prefira alimentos de boa qualidade nutricional, como vegetais, fruta e legumes. Como é que o seu filho vai comer brócolos satisfeito, se os pais estão a comer batatas fritas?!

 Na “arte” de colocar crianças a comer legumes a aparência importa. A forma como os alimentos estão dispostos no prato, a sua cor e o seu aspecto podem ter muita influência no desenvolvimento dos gostos e preferências das crianças.

Sempre que possível, cozinhe em família e deixe que o seu filho participe na preparação das refeições. Mostre a importância de cada alimento e explique os benefícios que têm para a nossa saúde. É importante que a criança comece a criar associações entre os alimentos e o impacto que eles têm no seu corpo e no seu crescimento.

Procure transmitir conhecimento: se o seu filho entender os benefícios dos legumes e vegetais certamente irá comê-los com mais prazer. Explique os processos de produção dos vários alimentos, fazendo-o compreender a importância do consumo de alimentos provenientes da natureza, bem como os malefícios da alimentação à base de produtos processados.

Faça das refeições um momento calmo, agradável e que permita o partilhar das experiências do dia-a-dia. Desliguem as televisões, afastem-se dos telemóveis, tablets e computadores. Permitam que as crianças se concentrem na sua refeição, tornando-a num momento agradável do seu dia.

A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão de duas porções de legumes por refeição. O ideal será começar com uma sopa, seguida de um prato que inclua sempre legumes como acompanhamento. O segredo está em variar o tipo de legumes e a sua confecção, garantindo a saúde e bem-estar das crianças.