“Sing to the power of the Lord”, canta o coro gospel, vozes aceleradas a conferir uma sensação de sofreguidão, não de fervor, à entrada no álbum da conversão de Kanye West, agora cristão renascido. Antecedido pelos Sunday Services que o músico vem liderando desde o início do ano, marcado pela polémica proximidade a Trump – boné “Make America Great Again” orgulhosamente divulgado nas redes sociais – e pelas bizarras declarações associadas – “a escravatura foi uma escolha”; a sério, Kanye? –, Jesus is King foi anunciado, adiado, novamente anunciado para nova data e novamente adiado até à edição no final de Outubro. Seria o álbum da redenção, lançado em paralelo a um filme com o mesmo título que documenta a ressurreição espiritual de Kanye, o disco que o seu autor definiu como “uma manifestação do Evangelho”. “Sing to the power of the Lord”, apresenta-se então, com o Sunday Service Choir” acelerado na sua devoção – na verdade, tudo se passa muito rápido neste álbum de 11 temas compactados em menos de meia-hora.
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“Sing to the power of the Lord”, canta o coro gospel, vozes aceleradas a conferir uma sensação de sofreguidão, não de fervor, à entrada no álbum da conversão de Kanye West, agora cristão renascido. Antecedido pelos Sunday Services que o músico vem liderando desde o início do ano, marcado pela polémica proximidade a Trump – boné “Make America Great Again” orgulhosamente divulgado nas redes sociais – e pelas bizarras declarações associadas – “a escravatura foi uma escolha”; a sério, Kanye? –, Jesus is King foi anunciado, adiado, novamente anunciado para nova data e novamente adiado até à edição no final de Outubro. Seria o álbum da redenção, lançado em paralelo a um filme com o mesmo título que documenta a ressurreição espiritual de Kanye, o disco que o seu autor definiu como “uma manifestação do Evangelho”. “Sing to the power of the Lord”, apresenta-se então, com o Sunday Service Choir” acelerado na sua devoção – na verdade, tudo se passa muito rápido neste álbum de 11 temas compactados em menos de meia-hora.