Há mais 30 milhões para apostar em startups
Verba destina-se a empresas na fase de arranque e com modelos de negócio assente em dados.
O Fundo Europeu de Investimento (FEI) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD, o banco promocional nacional) assinaram nesta terça-feira um contrato com um parceiro privado, a Faber Capital, na Web Summit, em Lisboa, para constituir um novo um fundo de investimento dirigido a startups ibéricas cujos modelos de negócio assentem em dados digitais.
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O Fundo Europeu de Investimento (FEI) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD, o banco promocional nacional) assinaram nesta terça-feira um contrato com um parceiro privado, a Faber Capital, na Web Summit, em Lisboa, para constituir um novo um fundo de investimento dirigido a startups ibéricas cujos modelos de negócio assentem em dados digitais.
Serão 30 milhões de euros, para empresas em início de carreira, sobretudo portuguesas. O ainda comissário europeu Carlos Moedas e o ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, estiveram na assinatura do contrato, destacando que esta é a quarta vaga de financiamento ao abrigo do Portugal Tech, o programa anunciado em 2018 e que pretende reunir dinheiro público e privado para investir em novos negócios de áreas tecnológicas.
O Portugal Tech, tal como este quarto investimento, inclui verbas de Portugal e verbas europeias, canalizadas através de um dos instrumentos do Plano de Investimentos para a Europa, conhecido como Plano Juncker.
“É vital haver capital de risco para apoiar a estratégia de melhorar as finanças destas novas e promissoras empresas”, comentou o ministro da Economia. “Portugal é um dos cinco maiores beneficiários do Plano Juncker, que dedica mais de 25% do investimento à investigação e a projectos de inovação”, destaca por seu lado o comissário Carlos Moedas. “Este acordo assinado na Web Summit vai contribuir para elevar os investimentos feitos em Portugal.”
O montante agora disponibilizado no fundo Faber Tech II será igualmente repartido. O Fundo Europeu de Investimento e o IFD darão 7,5 milhões cada um e o resto virá dos parceiros privados.
Vai focar-se em empresas que trabalhem com Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data. Será gerido pela Faber Capital, uma sociedade de capitais de risco sediada em Lisboa, cuja equipa de gestão ajudou a desenvolver outras startups que já estão a dar cartas nas suas respectivas áreas, como a Unbabel, a Codacy, a Seedrs e a Hole 19.
“Esperamos poder apoiar um novo portefólio de empreendedores audazes. O nosso foco em empresas novas de tecnologia vem preencher um vazio no Sul da Europa e acreditamos que estamos agora bem posicionados para ser os primeiros a arriscar nas empresas de software mais promissoras da Península Ibérica”, comenta por seu lado Alexandre Barbosa, um dos sócios da Faber Capital.
O programa Portugal Tech, lançado em 2018, destina 200 milhões de euros de capital de risco, metade dos quais são de origem pública. Outros 75 milhões foram canalizados por fundos privados (Indico Partners, Armilar Ventures, Vallis Partners e agora a Faber Capital).