Gustavo Cardoso: “A desinformação não vem de organizações maléficas como no 007”

As fake news não são resultado apenas da tecnologia, mas de uma cultura de manipulação da opinião pública que recua à Guerra Fria e ao Estado Novo. Os principais autores são cidadãos comuns que encontram nas redes sociais uma plataforma para ampliar a sua voz. Mas nem por isso o fenómeno deve deixar de ser preocupante, alerta o investigador Gustavo Cardoso.

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Gustavo Cardoso coordena o projecto de monitorização de propaganda e desinformação nas redes sociais do Media Lab Fernando Veludo

No dia em que o Governo se apresentou no Parlamento para discutir o programa dos próximos quatro anos começou a circular no Twitter uma conta em que o ministro do Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, se apresentava à comunidade desta rede social e fazia as primeiras publicações. Poucos minutos após a sua criação, a conta somava dezenas de seguidores, incluindo vários jornalistas. Só algumas horas depois um membro da equipa de comunicação digital do Governo viria esclarecer que a conta era falsa. Comprovar-se-ia a intenção de manipulação do autor quando, no dia seguinte, a mesma conta se dizia da ministra da Cultura grega. Acabaria por ser eliminada pela equipa de Twitter várias denúncias depois.

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No dia em que o Governo se apresentou no Parlamento para discutir o programa dos próximos quatro anos começou a circular no Twitter uma conta em que o ministro do Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, se apresentava à comunidade desta rede social e fazia as primeiras publicações. Poucos minutos após a sua criação, a conta somava dezenas de seguidores, incluindo vários jornalistas. Só algumas horas depois um membro da equipa de comunicação digital do Governo viria esclarecer que a conta era falsa. Comprovar-se-ia a intenção de manipulação do autor quando, no dia seguinte, a mesma conta se dizia da ministra da Cultura grega. Acabaria por ser eliminada pela equipa de Twitter várias denúncias depois.