Luís Montenegro quer ser primeiro-ministro
No site de candidatura, lançado a 1 de Novembro, o candidato à sucessão de Rui Rio admite que o seu objectivo é chegar à liderança do Governo.
Luís Montenegro quer ser líder do PSD, mas o seu objectivo final é vir a “liderar o Governo” do país. É isso mesmo que o candidato à sucessão de Rui Rio assume num vídeo publicado no site da sua candidatura lançado no feriado de 1 de Novembro, dia em que participou num jantar fechado, em Braga, com autarcas de freguesia do concelho. Montenegro escolheu construir a mensagem da sua candidatura em torno da palavra “força”.
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Luís Montenegro quer ser líder do PSD, mas o seu objectivo final é vir a “liderar o Governo” do país. É isso mesmo que o candidato à sucessão de Rui Rio assume num vídeo publicado no site da sua candidatura lançado no feriado de 1 de Novembro, dia em que participou num jantar fechado, em Braga, com autarcas de freguesia do concelho. Montenegro escolheu construir a mensagem da sua candidatura em torno da palavra “força”.
“Quero partilhar convosco a minha vontade e a minha determinação em hoje liderar o PSD e amanhã liderar o Governo de Portugal. Quero que saibam que sinto uma força grande dentro de mim para cumprir esse desígnio”, diz o adversário de Rui Rio no vídeo.
“Sinto em primeiro lugar uma força grande que vem de dentro do PSD, dos seus militantes, dos seus simpatizantes, dos seus votantes, dos seus autarcas, de todos aqueles que têm acreditado ao longo dos anos na nossa mensagem política e no nosso trabalho. Mas sobretudo sinto uma grande força que vem de dentro de cada português, de todos os portugueses, de todos os partidos ou mesmo daqueles que não têm nenhum tipo de preferência partidária”, continua Luís Montenegro.
O social-democrata de 46 anos, que foi líder da bancada do PSD até 2018, garante contar “com a força de todos” para construir um Portugal “mais próspero, mais justo, mais equilibrado e sobretudo um Portugal onde todos tenham uma oportunidade e consigam atingir os seus objectivos pessoais, profissionais e sociais”.
O site da candidatura dá a conhecer três apoiantes de peso que Luís Montenegro herdou do passismo: Maria Luís Albuquerque, Pedro Duarte e José Matos Correia. A ex-ministra das Finanças de Pedro Passos Coelho assume que “Montenegro é a pessoa mais bem preparada para assumir o PSD e, mais à frente, a condução do país” porque conseguirá transformar o partido numa “efectiva alternativa ao PS”. Já o ex-líder da JSD defende que lhe parece “absolutamente inequívoco” que o candidato tem condições para congregar um “novo projecto político dentro do PSD”. Finalmente, Matos Correia acredita que Montenegro “é, neste momento, a pessoa indicada para a liderança”.
Luís Montenegro dá a conhecer um pouco de si numa zona do site onde disponibiliza o seu perfil. Aí pode ler-se que o social-democrata nasceu no Porto, é casado e tem dois filhos. O advogado licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e fez uma pós-graduação em Direito à Protecção de Dados Pessoais na mesma universidade.
À entrada para o jantar de sexta-feira, em Braga, Montenegro disse que o PSD “tem de ter vida própria e autónoma e tem de ser suficientemente forte para, nas próximas legislativas, não ter 27 % mas uma maioria absoluta na Assembleia da República e não depender do PS para fazer as reformas de que o país precisa”. Sobre a eventualidade de acordos com os socialistas, deixou claro que “não vale a pena perder tempo sendo muletas ou bengalas do PS” porque “se uma das partes não quer, que é o PS, não vale a pena insistir”.