Dois feridos graves na Madeira: derrocada atinge grupo de turistas

Uma turista francesa de 62 anos perdeu um braço e um português de 30 sofreu um traumatismo craniano, numa derrocada esta quarta-feira num percurso de montanha na Madeira. Acidente fez outros nove feridos, mas sem gravidade.

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Onze feridos, dois dos quais com gravidade, são o balanço de uma derrocada ocorrida no início da tarde desta quarta-feira na levada do Caldeirão Verde. Um percurso pedestre de montanha no concelho de Santana, na ilha da Madeira.

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Onze feridos, dois dos quais com gravidade, são o balanço de uma derrocada ocorrida no início da tarde desta quarta-feira na levada do Caldeirão Verde. Um percurso pedestre de montanha no concelho de Santana, na ilha da Madeira.

A vítima de maior gravidade é uma turista francesa de 62 anos, que sofreu a amputação de um braço na sequência do desprendimento de pedras, ocorrido num local a mais de uma hora de distância da estrada mais próxima. O outro ferido a inspirar maiores cuidados, foi um homem de nacionalidade portuguesa de 30 anos, que foi transportado ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, com um traumatismo craniano-encefálico.

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O secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, foi cauteloso nos prognósticos em relação a estas duas vítimas. “As próximas horas serão fundamentais, para uma avaliação”, explicou aos jornalistas, no final do dia, durante uma conferencia de imprensa conjunta com o secretário regional do Turismo e Cultura (Eduardo Jesus) e o comandante da Protecção Civil da Madeira, José Dias.

A vítima de nacionalidade francesa foi submetida a uma intervenção cirúrgica no hospital, enquanto homem com ferimentos na cabeça foi encaminhado para a Unidade de Cuidados Intensivos.

Os restantes feridos, com idades compreendidas entre os 30 e os 62 anos, são de várias nacionalidades – francesa, portuguesa, alemã e brasileira – apresentavam escoriações várias e pequenos ferimentos, e receberam tratamento no centro de saúde de Santana, uma pequena cidade na costa Norte da ilha.

 Foi, descreveu o capitão José Dias, uma operação de “elevada complexidade”. O local da derrocada ficava sensivelmente a meio do percurso, um dos mais procurados por turistas e locais. “Foram montados dois postos de comando: um no Vale da Lapa e outro nas Queimadas. Os feridos mais graves foram encaminhados para o primeiro local [a 45 minutos da estrada] e os restantes para o segundo posto [a 1h45 da estrada]”, disse o responsável pela Protecção Civil, depois de agradecer o “empenho e esforço” de todos os profissionais envolvidos na operação.

Para o local, contabilizou, foram mobilizados 19 viaturas terrestres, um helicóptero e 70 operacionais entre médicos, equipa de resgate de montanha, agentes policiais e militares da GNR. 

A levada do Caldeirão Verde tem 6,5 quilómetros e é um dos percursos turísticos recomendados. No total, entre ir e volta, pode demorar quase seis horas a ser percorrida. Atravessa a floresta Laurissilva, Património Natural pela UNESCO, e foi, vincou Eduardo Jesus, submetido a vários melhoramentos ainda este ano. “Levou varandins novos e os pisos foram melhorados”, elencou o secretário regional do Turismo, desvalorizando possíveis impactos que este acidente poderá ter no sector. “O trilho estava a ser monitorizado como todos os outros percursos recomendados. Situações como esta, são imprevisíveis”, argumentou, dizendo que o governo madeirense tem uma equipa no hospital a acompanhar os familiares das vítimas.

O trilho, que foi encerrado para a operação de socorro, vai continuar fechado para serem avaliadas as condições de segurança.