Cateterismo de Marcelo realizado “com sucesso e sem complicações”
O Presidente da República anunciou, no início do mês, que iria fazer em breve um cateterismo – uma intervenção que permite perceber o estado das artérias.
O Presidente da República foi submetido a um cateterismo esta quarta-feira à tarde no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. A intervenção foi realizada “com sucesso e sem complicações”, anunciou a Presidência da República esta tarde.
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O Presidente da República foi submetido a um cateterismo esta quarta-feira à tarde no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. A intervenção foi realizada “com sucesso e sem complicações”, anunciou a Presidência da República esta tarde.
O comunicado do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, divulgado pela Presidência da República, refere que Marcelo Rebelo de Sousa “realizou recentemente exames diagnósticos que sugeriram a necessidade de realização de um cateterismo cardíaco, que realizou hoje na Unidade de Intervenção Cardiovascular do Hospital de Santa Cruz”.
Durante o exame, “confirmou-se a existência de obstruções coronárias importantes que foram tratadas no mesmo procedimento, com sucesso e sem complicações”, acrescenta a nota. A equipa médica prevê uma “recuperação total em prazo muito curto, com retoma da actividade normal no próximo fim-de-semana”.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha anunciado, no início do mês, em entrevista ao programa da SIC Alta Definição, que iria fazer em breve um cateterismo – uma intervenção que permite perceber o estado das artérias.
À chegada ao Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, ao final da manhã desta quarta-feira, Marcelo confirmou em declarações à SIC que iria ser submetido a um cateterismo, uma intervenção, sem anestesia geral, para “analisar o estado em que se encontra um determinado vaso sanguíneo”. Depois, explicou, “ou não é preciso nenhuma intervenção, ou é preciso uma intervenção muito pequena e imediata que é colocar um stent [uma rede ou malha metálica para garantir que a artéria se mantém aberta para deixar fluir o sangue] ou, coisa que espero que não aconteça, é preciso uma intervenção de maior fôlego imediata ou a prazo.”
À entrada, Marcelo disse sentir-se “muito tranquilo”. “Trouxe livros para ler”, afirmou o Presidente da República. E ao nível político, Marcelo também garantiu manter-se a par dos recentes acontecimentos: “Já ouvi o discurso do senhor primeiro-ministro, tenho acompanhado o debate na Assembleia da República e vou ver se consigo acompanhar ali também pela rádio ou pela televisão”, disse.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha já revelado ao programa Alta Definição que a decisão sobre a sua recandidatura estava dependente do cateterismo. O Presidente da República sublinhou, à data, que este exame poderia ser limitador para a manutenção do seu estilo de Presidência, dando a entender que prefere não se recandidatar a adaptar a sua actuação enquanto Chefe de Estado.
“O meu avô era cardíaco, o meu pai era cardíaco, os meus irmãos acham que não mas são cardíacos, e portanto eu achei que devia fazer exames também em matéria cardíaca. A minha hipocondria mandou fazer e fiz”, disse ao apresentador Daniel Oliveira.
Embora os exames estivessem “genericamente bem”, “restou uma dúvida” que obrigou Marcelo a fazer um cateterismo, para ver se a acumulação de cálcio num determinado vaso sanguíneo que não especificou era ou não excessiva e limitadora da sua “Presidência de proximidade, também fisicamente”. “A minha hipocondria leva-me a ter o bom senso e o juízo de prevenir para depois não ter a maçada que tive com a hérnia estrangulada”, concluiu.