Pela terceira vez desde a sua criação, Prémio Leya não vai ser atribuído em 2019
Já tinha acontecido em 2010 e em 2016. Estavam 409 originais a concurso, mas o júri considerou “que as obras concorrentes não correspondem aos parâmetros de qualidade literária exigidos”.
Pela terceira vez, desde a sua criação em 2008, o júri deliberou “por unanimidade” não atribuir o Prémio Leya conforme o que está previsto no artigo 9 do seu regulamento, anunciou o grupo editorial em comunicado. Já tinha acontecido em 2010 e em 2016.
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Pela terceira vez, desde a sua criação em 2008, o júri deliberou “por unanimidade” não atribuir o Prémio Leya conforme o que está previsto no artigo 9 do seu regulamento, anunciou o grupo editorial em comunicado. Já tinha acontecido em 2010 e em 2016.
Reunido nesta terça-feira na sede da Leya, em Lisboa, o júri presidido pelo poeta Manuel Alegre e constituído pelo professor de Letras e antigo reitor da Universidade Politécnica de Maputo, Lourenço do Rosário (Moçambique); pelo professor de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira; pelo poeta Nuno Júdice; pela escritora Ana Paula Tavares (Angola); pela crítica literária do PÚBLICO Isabel Lucas e pelo editor da revista literária Quatro Cinco Um Paulo Werneck (Brasil) entendeu “que as obras concorrentes não correspondem aos parâmetros de qualidade literária exigidos pelo prémio”.
Concorreram a esta edição do prémio literário no valor de 100 mil euros : 409 originais — mais 61 do que em 2018 — provenientes de 14 países. Seguindo a tendência de anos anteriores, a grande maioria das obras apresentadas a concurso vieram de Portugal e do Brasil. Mas concorreram também originais de Alemanha, Angola, Bélgica, Cabo Verde, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Moçambique, Singapura, Suíça e dos Estados Unidos.
Os vencedores dos anos anteriores foram : O Rastro do Jaguar, de Murilo Carvalho (2008), O Olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho (2009), O Teu Rosto Será o Último, de João Ricardo Pedro (2011), Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camarneiro (2012), Uma Outra Voz, de Gabriela Ruivo Trindade (2013), O Meu Irmão, de Afonso Reis Cabral (2014), O Coro dos Defuntos, de António Tavares (2015) e Os Loucos da Rua Mazur, de João Pinto Coelho (2017) e Torto Arado, de Itamar Vieira Junior.