André Letria premiado na Bienal de Ilustração de Bratislava com o livro A Guerra
Ilustrador português é um dos cinco autores distinguidos com o BIB Plaque 2019, ao lado de Guilherme Karsten (Brasil), Maja Kastelic (Eslovénia), Chiki Kikuchi (Japão) e Anat Warshavski (Israel). Grande Prémio BIB foi atribuído ao iraniano Hassan Moosavi.
O autor português André Letria foi distinguido na Bienal de Ilustração de Bratislava (BIB), na Eslováquia, com as ilustrações do livro A Guerra, feito com José Jorge Letria, revelou a editora Pato Lógico.
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O autor português André Letria foi distinguido na Bienal de Ilustração de Bratislava (BIB), na Eslováquia, com as ilustrações do livro A Guerra, feito com José Jorge Letria, revelou a editora Pato Lógico.
A bienal BIB, cuja 27.ª edição começou no dia 25, é uma das mais antigas iniciativas dedicadas à ilustração para a infância e juventude, contando com um programa de exposições, oficinas, um simpósio internacional e atribui vários prémios.
A exposição principal, patente no castelo de Bratislava, apresenta ilustrações de autores concorrentes aos prémios da bienal e dela faz parte o trabalho de André Letria para o livro ilustrado A Guerra, que criou a partir de um texto de José Jorge Letria.
Numa edição que termina em Janeiro e em que o Grande Prémio BIB foi atribuído ao autor iraniano Hassan Moosavi, André Letria é um dos cinco distinguidos com o BIB Plaque 2019, ao lado de Guilherme Karsten (Brasil), Maja Kastelic (Eslovénia), Chiki Kikuchi (Japão) e Anat Warshavski (Israel).
Publicado em 2018 pela Pato Lógico, A Guerra já obteve vários prémios nacionais e internacionais. André Letria recebeu este mês o Prémio Nacional BIG, atribuído pela Bienal de Ilustração de Guimarães, e o Prémio Nacional de Ilustração, da Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas.
Com edição prevista em inglês, alemão, italiano, polaco, coreano e chinês, A Guerra é um livro que confronta o leitor com os totalitarismos, a sede de controlo e de poder, disse André Letria numa entrevista recente à agência Lusa. No livro está representado “alguém que tem desejos de domínio total, um retrato que pode ser aplicado a figuras dos anos 1930, mas também àquilo que vemos que acontece na Europa de leste, na Hungria na Polónia”, alertou.
Por isso, entende que A Guerra - destinado a todos os leitores - é contra o esquecimento. “Estamos a distrair-nos e a desistir de aprofundar coisas, de investigar, de querer saber a origem dos assuntos, dos conflitos e dos problemas que nos afectam”, sublinhou André Letria.