O glamour de Miguel Vieira, o romantismo de Diogo Miranda e elegância de Hugo Costa no Portugal Fashion

No Porto, desfilam os trabalhos do designers portugueses até este sábado.

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Dão-se os últimos retoques, um jeito aqui, outro ali, enquanto os modelos desfilam no backstage e Miguel Vieira vê se está tudo em ordem. O público aguarda, na Alfândega do Porto, pelo desfile dos coordenados do conceituado designer, que fecha a terceira noite do Portugal Fashion. Quando os manequins começam a desfilar, silêncio total na enorme sala, apenas quebrado pela música de fundo. No final, Miguel Vieira é aplaudido de pé.

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Dão-se os últimos retoques, um jeito aqui, outro ali, enquanto os modelos desfilam no backstage e Miguel Vieira vê se está tudo em ordem. O público aguarda, na Alfândega do Porto, pelo desfile dos coordenados do conceituado designer, que fecha a terceira noite do Portugal Fashion. Quando os manequins começam a desfilar, silêncio total na enorme sala, apenas quebrado pela música de fundo. No final, Miguel Vieira é aplaudido de pé.

Foi assim que o Portugal Fashion fechou a terceira e penúltima noite com a colecção Modernismo, Primavera/Verão 2020, de Miguel Vieira inspirada na arquitetura de Mies van der Rohe. “É uma colecção bastante minimalista ao nível de cortes e trabalhada em termos de estampados”, descreve o designer ao PÚBLICO, antes de o desfile começar, rodeado pelos manequins que vão vestir os seus 45 coordenados, 100% seda. “A alfaiataria é intemporal e não tem de ser aborrecida”, acrescenta, sublinhando que deu um toque contemporâneo à colecção. 

Além da roupa para homem, que já tinha sido apresentada, em Junho, na Semana da Moda Masculina de Milão, Miguel Vieira levou à passerelle algumas peças femininas, como elegantes vestidos. Com acessórios como sandálias, alpercatas e sapatilhas de pele, assim como sacos de pele estampada, o designer optou por uma paleta de cores que vai desde o verde menta, passando pelo petróleo e esmeralda, o rosa cameo, o bege, o azul-noite até ao bordeaux vinho do Porto.

O dia de ontem também ficou marcado pelo desfile de Diogo Miranda, que já acostumou o público ao seu estilo elegante e sofisticado, mas desta vez surpreendeu no espaço exterior da Alfândega do Porto. Com o pôr-de-sol e o cenário de rio como pano de fundo, os modelos desfilaram, numa passadeira azul, dezenas de coordenados do designer, que se inspirou no amor.

Seguiu-se Ana Teixeira de Sousa, da marca Sophia Kah, com um estilo arrojado, onde não faltaram os chapéus, os vestidos longos em algodão e linho, com formas simples e bordados. A designer de moda inspirou-se nas praias, arrozais e cavalos da Comporta que transportou para as peças. Ana Teixeira de Sousa levou ao Portugal Fashion 25 coordenados, mais vestidos com estampados, onde predominam as sedas e as rendas. “São peças mais fáceis de usar que podemos vestir nas nossas praias”, diz ao PÚBLICO.

Hugo Costa levou à passerelle a colecção “Haenyeo”, inspirada nas mulheres sul-coreanas que mergulham em apneia e garantem o sustento familiar. O designer de moda redesenhou a colecção que tinha levado a Paris, “com um estilo completamente diferente” nos 22 looks que mostrou. “Fomos buscar as redes que são próprias do imaginário piscatório, os impermeáveis que transmitem um aspecto mais molhado como se estivesse a sair da água. E depois os nossos tecidos mais tradicionais como o denim”, descreve a poucos minutos de apresentar a colecção ao público.

Pé de Chumbo, com uma colecção ambientalmente sustentável, e a ex-bloomer Tânia Nicole, com a sua marca Nycole, também apresentaram as suas criações.

Na manhã deste sábado, o Portugal Fashion muda-se para a Casa de Serralves, com o desfile dos Marques’Almeida; e regressa à Alfândega do Porto para fechar a edição deste ano com Alexandra Moura, Susana Bettencourt, Maria Gambina e a dupla Alves/Gonçalves.