Professores e juristas dominam um “Parlamento elitista”

Na XVI legislatura, 40% dos deputados são caras novas. Mas nos últimos 43 anos pouco mudou em São Bento. Juristas e professores continuam a ser dominantes num hemiciclo com cada vez menos operários e técnicos. PCP é o partido que resiste à “elitização”.

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Desde 1976, a Assembleia da República foi sempre dominada por deputados ligados ao direito e ensino LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Mudam-se as caras, mudam-se os líderes, mas pouco se reconfigura no conjunto das profissões que dominam os lugares do Parlamento. No dia em que São Bento reabre as portas para arrancar a XIV legislatura, olhamos para a evolução dos perfis dos parlamentares. O que mudou desde a I legislatura, em 1976, até aos deputados que hoje regressam ou se estreiam na Assembleia da República? Mais equilibrado em género e em etnia, o Parlamento continua a receber mais professores e juristas e cada vez menos profissionais técnicos. Ouvido pelo PÚBLICO, André Freire, professor catedrático em Ciência Política, critica o desaparecimento dos operários das bancadas da Assembleia e fala de um “Parlamento elitista e longínquo” que não representa as classes sociais mais baixas.

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