Como ter menos “lixo” no roupeiro? Katty Xiomara apela à sustentabilidade ambiental

A criação de peças multifuncionais e a reformulação de roupas antigas foram as fórmulas que a designer introduziu na colecção apresentada no Portugal Fashion, na quarta-feira à noite, no Porto.

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Foi com um três em um, assente numa performance para apresentar a colecção “After now”, um documentário e o lançamento do livro Reflexo – Guia do bem inVestir, que Katty Xiomara alertou na noite de quarta-feira, no Portugal Fashion, no Porto, para uma maior consciencialização ambiental, de modo a evitar o acumular de “lixo” no guarda-vestidos. “Não é preciso comprar muita roupa para vestirmos melhor”, exortou, apelando para que se pense “melhor antes de comprar por impulso, ou seja, não há necessidade de consumir desenfreadamente”.

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Foi com um três em um, assente numa performance para apresentar a colecção “After now”, um documentário e o lançamento do livro Reflexo – Guia do bem inVestir, que Katty Xiomara alertou na noite de quarta-feira, no Portugal Fashion, no Porto, para uma maior consciencialização ambiental, de modo a evitar o acumular de “lixo” no guarda-vestidos. “Não é preciso comprar muita roupa para vestirmos melhor”, exortou, apelando para que se pense “melhor antes de comprar por impulso, ou seja, não há necessidade de consumir desenfreadamente”.

Para combater o excesso, Katty Xiomara fez um estudo de ecodesign, apontando para as calças que trazia vestidas para dar o exemplo do reaproveitamento de peças que tinha. E que foi precisamente o que fez neste desfile ao apresentar uma colecção com peças antigas que foram reutilizadas e recicladas e são agora multifuncionais, que se transformam em novas peças com a ajuda de um simples botão ou de um cinto.

Em nome da sustentabilidade e ecodesign, Katty Xiomara apresentou, assim, numa antiga oficina de tipografia, transformada no hotel Tipografia do Conto, 42 coordenados, bem menos do que já habituara o público nos desfiles. “A ideia desta colecção é fazer menos peças, mas que sejam muito mais multifuncionais e se possam vestir de diferentes formas, sem necessidade de grandes artimanhas”, elucida a designer de moda. 

Ao som de músicas de Nick Cave, a designer de moda quis ainda “manter a identidade de utilizar muitas cores e misturar muitos tecidos”, com alguns básicos intemporais. “A maior parte das peças é constituída por uma única matéria-prima em prol da sustentabilidade e ecodesign”, insiste, sublinhando que, por exemplo, só apresentou uma peça com fechos. “Houve mais cuidado em escolher os materiais, temos mais polyesters, mas reciclados; alguns algodões orgânicos, mas nem todos, porque na verdade o algodão orgânico não é assim tão sustentável como parece”, resume a designer que conta com quase duas décadas no mundo de moda. 

Para abrir a “janela ao mundo criativo” de Katty Xiomara, a designer aproveitou ainda para lançar o livro Reflexos - Um guia do bem inVestir que é um “pequeno manual com algumas dicas para ajudar as mulheres a conhecer melhor o seu corpo e saber o que poderá ficar melhor ou pior”, descreve, acrescentando que a ideia é “vestir e investir, evitando a anarquia do guarda-roupa e apelando a criatividade de cada uma”.

Neste manual a designer define, cinco tipo de silhuetas da mulher: em forma de rectângulo, de triângulo, de maçã, de pêra e de ampulheta. Depois é só perceber as peças que ficam melhor em função de cada uma delas.

Durante o primeiro dia do Portugal Fashion, desfilaram novos talentos da moda em Itália, que venceram o Milano Moda Graduate 2019, um projecto da Camera Nazionale della Moda Italiana (CNMI). O Portugal Fashion termina neste sábado e vão passar pela Alfândega do Porto nomes como Diogo Miranda, Luís Buchinho, Miguel Vieira e Sophia Kah.