O segundo enterro de Franco

Ao fim de 44 anos, o ditador espanhol abandona o Vale dos Caídos, que ergueu para exaltar a sua vitória na “cruzada”. Não há cortejo, honras de Estado ou bandeira no caixão. Mas na sua sombra vai o saudosismo ideológico que teima em permanecer na sociedade e na política espanhola.

Foto
Bandeiras com a cara de Franco em janelas de Madrid SUSANA VERA/Reuters

No início do mês, o monumento que Francisco Franco ergueu para imortalizar a sua vitória na “cruzada” da Guerra Civil de Espanha teve um número de visitantes acima da média. Dezenas de pessoas desceram à cripta para “um último adeus” ao ditador. Alguns fizeram a saudação fascista, outros, relata uma reportagem no Financial Times, depositaram medalhas e relógios sobre a lápide escura, recolhendo depois cuidadosamente os objectos “como se tivessem ficado imbuídos do espírito de Franco”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No início do mês, o monumento que Francisco Franco ergueu para imortalizar a sua vitória na “cruzada” da Guerra Civil de Espanha teve um número de visitantes acima da média. Dezenas de pessoas desceram à cripta para “um último adeus” ao ditador. Alguns fizeram a saudação fascista, outros, relata uma reportagem no Financial Times, depositaram medalhas e relógios sobre a lápide escura, recolhendo depois cuidadosamente os objectos “como se tivessem ficado imbuídos do espírito de Franco”.