“Temos todos os motivos para acreditar que estão bem, à espera que a água baixe”
Os quatro homens, três da zona de Valongo e um das Caldas da Rainha, são experientes e prepararam a expedição: levaram alimentação e estão equipados com roupa térmica.
Os quatro espeleólogos portugueses que estão presos no interior do complexo de grutas Cueto-Coventosa, na Cantábria, em Espanha, são experientes e sabiam que a água podia ser um problema no interior do troço que pretendiam explorar. Os quatro, três da zona de Valongo e um das Caldas da Rainha, pertencem ao Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, onde se aguardam notícias com expectativa. “Temos todos os motivos para acreditar que estão bem, à espera que a água baixe”, diz João Moutinho, deste organismo.
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Os quatro espeleólogos portugueses que estão presos no interior do complexo de grutas Cueto-Coventosa, na Cantábria, em Espanha, são experientes e sabiam que a água podia ser um problema no interior do troço que pretendiam explorar. Os quatro, três da zona de Valongo e um das Caldas da Rainha, pertencem ao Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, onde se aguardam notícias com expectativa. “Temos todos os motivos para acreditar que estão bem, à espera que a água baixe”, diz João Moutinho, deste organismo.
Os quatro portugueses entraram nas grutas no sábado de manhã e tinham previsto permanecer no interior durante 26 horas, se tudo corresse bem. Atentos a esse período de tempo estavam três membros que integravam o grupo, mas que não acompanharam a descida. No domingo, depois de os companheiros falharem o prazo previsto, os três ainda se deslocaram à gruta, mas não conseguiram passar, por causa da água que tomara conta do interior. As autoridades, que já haviam sido previamente informadas da presença dos espeleólogos naquele local, foram então alertadas.
João Moutinho explica que a preparação da uma expedição deste género “é um processo cuidadoso e que começa com muita antecedência”. A possibilidade de o interior da gruta ficar com alguma água era, por isso, um dos cenários possíveis, de tal modo que todos os espeleólogos terão vestido um fato de neopreno, usado em situações de mergulho. “Eles já contavam vir através da água. O problema é que a água subiu de forma surpreendente e com uma corrente muito forte”, diz.
É essa a razão pela qual a equipa de resgate ainda não conseguiu entrar no complexo de grutas. As últimas informações davam conta que a água já descera 20 centímetros desde as 7h desta segunda-feira, mas aguardava-se que baixasse mais, para permitir a passagem da equipa de resgate.
João Moutinho diz que os quatro espeleólogos foram “seleccionados” para explorar este troço de Coventosa precisamente pela sua experiência, o que aumenta a esperança de que se encontrem bem. “À partida, estarão bem, tranquilos. São bem preparados, não estamos a falar de pessoas que foram sem formação. São pessoas acauteladas, levaram alimentação e roupa térmica. Temos todos os motivos para acreditar que estão bem, à espera que a água baixe, assim como se estivessem numa ilha, à espera de poder sair”, diz.
As equipas de socorro no local esperam poder realizar o resgate ainda esta segunda-feira, uma vez que as condições meteorológicas são mais favoráveis. Não há previsão de chuva para hoje, mas as previsões para amanhã apontam para o regresso da pluviosidade, o que dificultará qualquer operação no local.