António Feijó: “Não vejo qualquer conflito de interesses na nomeação de Nuno Artur Silva”
Presidente do Conselho Geral da RTP considera “excelente” a escolha de Nuno Artur Silva para secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
António Feijó, presidente do Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, considera uma “excelente notícia” a escolha de Nuno Artur Silva, antigo administrador da estação pública, para secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, cargo que implica a tutela da RTP e da comunicação social.
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António Feijó, presidente do Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, considera uma “excelente notícia” a escolha de Nuno Artur Silva, antigo administrador da estação pública, para secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, cargo que implica a tutela da RTP e da comunicação social.
Fundador e proprietário da agência criativa Produções Fictícias, Nuno Artur Silva, que foi administrador da RTP com o pelouro dos conteúdos entre 2015 e 2018, não foi reconduzido para um segundo mandato pelo CGI por este órgão considerar que existia uma incompatibilidade de funções. Nuno Artur Silva, argumentou então o CGI, não tinha ainda vendido a sua quota na empresa de produção.
“A minha posição em nome pessoal é que se trata de uma excelente escolha. Será um excelente secretário de Estado e o facto de ter a tutela da RTP também me parece uma excelente notícia. Tem uma ideia muito clara da noção de serviço público, conheceu por dentro o actual modelo de governação da RTP e reconheceu publicamente os seus méritos. É uma pessoa de trato muito fácil, claro e civilizado.”
Quanto às objecções expressas, Feijó sublinha que nunca foram em relação ao desempenho do cargo. “Tínhamos considerado que o conflito de interesse poderia ser dissipado ou anulado depois da primeira nomeação. Mas, não tendo sido, isso colocou-nos nessa posição.” Actualmente, “não existe um conflito de interesses”, na opinião do presidente do CGI. “Uma coisa é ter uma intervenção directa na gestão da RTP, mas o secretário de Estado da Cultura não vai ter uma interferência na gestão directa da empresa. Não vejo qualquer conflito de interesses na nomeação de Nuno Artur Silva como secretário de Estado da Cultura.”
O PÚBLICO ainda não conseguiu apurar junto de Nuno Artur Silva ou da Produções Fictícias se o novo secretário de Estado ainda é proprietário da empresa.