Harley-Davidson suspendeu produção de moto eléctrica
A icónica construtora norte-americana encontrou um problema no sistema de carregamento do modelo eléctrico LiveWire.
Na passada segunda-feira a Harley-Davidson anunciou a interrupção da produção e entregas do primeiro modelo eléctrico da marca depois de ter descoberto, no controlo de qualidade final, uma falha no sistema de carregamento. A LiveWire foi posta à venda este ano e os primeiros modelos começaram a ser entregues aos clientes norte-americanos no mês passado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Na passada segunda-feira a Harley-Davidson anunciou a interrupção da produção e entregas do primeiro modelo eléctrico da marca depois de ter descoberto, no controlo de qualidade final, uma falha no sistema de carregamento. A LiveWire foi posta à venda este ano e os primeiros modelos começaram a ser entregues aos clientes norte-americanos no mês passado.
Em declarações ao The Wall Street Journal, a empresa não revela quando espera retomar a produção, mas garante que os testes estão a correr bem e que os proprietários podem continuar a conduzir as LiveWire. Contudo, avisa que as motos apenas devem ser carregadas nos postos específicos disponíveis nos concessionários da marca.
A transição dos motociclos para o modelo eléctrico é um processo inevitável que segue os passos da indústria automóvel e, no caso da Harley-Davidson, representa uma aposta para tentar contrariar a queda nas vendas que se tem registado nos últimos anos nos Estados Unidos.
Esta transição ainda está a dar os primeiros passos, mas a tecnologia parece garantir a manutenção do carisma destes grandes motociclos — mas não a autonomia: a nova moto da Harley-Davidson atinge os 100 km/h nuns míseros três segundos, mas só tem bateria para circular cerca de 150 km a velocidade baixa/moderada.
É uma questão de tempo, elas vão deixar de se ouvir (muitos aficionados vão dizer que é uma pena), mas ainda assim a Harley-Davidson conseguiu desenhar uma moto eléctrica que mantém a estética característica da marca, um feito que tem despertado o interesse de novos clientes.
Foi isso mesmo que garantiu ao PÚBLICO o responsável pela distribuição da Harley-Davidson em Portugal. Manuel Olaio disse não saber pormenores sobre a razão da suspensão da produção da LiveWire, mas mostrou-se confiante de que se tratou de um “percalço técnico” que não deverá demorar a ser resolvido.
O modelo eléctrico é apresentado na página nacional da Harley-Davidson mas ainda não está, de facto, disponível no mercado português. Manuel Olaio conta ter a LiveWire à venda em Portugal no próximo ano e acredita que este modelo “vai chamar gente nova” à marca, numa altura em que a Harley-Davidson “anda à procura de novos clientes”, afirmou.
Sem perder o carisma da estética mas muito mais silenciosa, a primeira Harley-Davidson eléctrica chegará a Portugal a partir de 34.500 euros.