Criadas com impressão 3D espumas para isolamento a partir de cortiça

Espuma poderá servir também para absorver vibrações ou a energia sonora, além do isolamento.

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Amostras de espumas 3D desenvolvida com base na cortiça DR

Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro conseguiu produzir espumas para isolamento térmico, através de impressão 3D, com cortiça desperdiçada na produção de rolhas. Segundo os investigadores, é possível produzir, de forma fácil e aproveitando a cortiça nacional, um óptimo isolante térmico e promover assim a economia circular.

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Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro conseguiu produzir espumas para isolamento térmico, através de impressão 3D, com cortiça desperdiçada na produção de rolhas. Segundo os investigadores, é possível produzir, de forma fácil e aproveitando a cortiça nacional, um óptimo isolante térmico e promover assim a economia circular.

“Sendo a cortiça um material isolante, a sua utilização na produção de espumas 3D de poliuretano, um polímero utilizado na produção de vários materiais plásticos, tem a vantagem de ajudar no isolamento, obtendo-se valores de isolamento térmico idênticos às espumas convencionais”, afirma Nuno Gama, o investigador responsável pelo projecto, citado em comunicado.

Criado no Instituto de Materiais de Aveiro, uma das unidades de investigação daquela universidade, o material produzido com o recurso à impressão 3D “abre as portas à produção de espumas com estrutura celular na exacta medida das necessidades”.

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O investigador Nuno Gama DR

Outra das vantagens apontadas da utilização da cortiça, mais propriamente das sobras da produção de rolhas, é que aumenta a sustentabilidade e a flexibilidade das espumas, “o que pode aumentar a gama de aplicações do material”.

“Neste trabalho foi dado enfoco no isolamento térmico, mas o aumento da flexibilidade que a cortiça proporcionou pode aumentar a gama de aplicações do material, como por exemplo na absorção de vibrações ou energia sonora”, esclarece Nuno Gama, cuja equipa de projecto integra ainda Artur Ferreira e Ana Barros-Timmons, investigadores também do Instituto de Materiais de Aveiro.