PAN é o terceiro partido na emigração
Houve mais quase 130 mil votantes nestas legislativas nos círculos da Europa e de Fora da Europa.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) cresceu em votos e subiu de posição nos círculos da emigração em relação a 2015. De 388 votos (1,37%) obtidos há quatro anos, o partido de André Silva passou para os 7653 (4,84%) este ano, sendo agora a terceira força política na média entre os círculos da Europa e de Fora da Europa. Nas legislativas anteriores, o terceiro lugar foi ocupado pelo Nós, Cidadãos (com 2717 votos), que agora passou para a 15ª posição.
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O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) cresceu em votos e subiu de posição nos círculos da emigração em relação a 2015. De 388 votos (1,37%) obtidos há quatro anos, o partido de André Silva passou para os 7653 (4,84%) este ano, sendo agora a terceira força política na média entre os círculos da Europa e de Fora da Europa. Nas legislativas anteriores, o terceiro lugar foi ocupado pelo Nós, Cidadãos (com 2717 votos), que agora passou para a 15ª posição.
À frente do PAN ficaram apenas o PS, com 26,24% dos votos, e o PSD, com 23,42%. Atrás ficaram o Bloco de Esquerda (4,75%), CDS (3,36%), a CDU (2,04%) e os restantes 15 partidos que apresentaram candidaturas a estas eleições por aqueles círculos. Só o PS e o PSD elegeram deputados – quatro – pela emigração. Os socialistas são Paulo Pisco e Paulo Porto Fernandes (em substituição de Augusto Santos Silva, que será ministro) e os sociais-democratas eleitos são José Cesário e Carlos Gonçalves.
Há quatro anos, altura em que o PAN se estreou no Parlamento com a eleição do deputado André Silva, o partido ficou em sétimo lugar na preferência dos emigrantes portugueses. Em 2019, apesar de ter passado para terceiro na média dos dois círculos, a sua prestação foi mais positiva no círculo de Fora da Europa (3º lugar) do que no da Europa, no qual foi ultrapassado pelo Bloco de Esquerda.
Fechadas as urnas, sabe-se que votaram 158.252 eleitores a partir do estrangeiro, dos 1.466.754 inscritos. A percentagem de votantes não chega aos 11% (valor das últimas legislativas), mas isso não quer dizer que tenha votado menos gente. Muito pelo contrário. O crescimento face a 2015 atingiu quase os 130 mil votantes. Há quatro anos haviam votado 28.354 pessoas das 242.852 que estavam inscritas e agora houve 158.252 eleitores a votar.
O crescimento dos inscritos relaciona-se com o facto de o recenseamento ser agora automático a partir do momento em que alguém, em Portugal mas também no estrangeiro, actualiza os dados do seu cartão do cidadão ou procede à sua revalidação.