Marcelo prevê posse de “todo o Governo” no dia 23 e do Parlamento no dia anterior
Presidente diz esperar empossar já todos os ministros e secretários de Estado.
O Presidente da República estima dar posse ao novo Governo de António Costa na próxima quarta-feira, dia 23, e que a nova composição da Assembleia da República possa também entrar em funções no dia anterior, na terça-feira 22.
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O Presidente da República estima dar posse ao novo Governo de António Costa na próxima quarta-feira, dia 23, e que a nova composição da Assembleia da República possa também entrar em funções no dia anterior, na terça-feira 22.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou nesta quinta-feira em Belém, no final de mais um encontro com desportistas no palácio presidencial, que depois de apurados nesta madrugada os quatro mandatos dos votos dos dois círculos da emigração, “em princípio a posse [do novo executivo] será quarta-feira ao fim da manhã”. Até lá, decorre ainda o período para eventual apresentação de recursos - e já houve partidos que anunciaram ir reclamar do processo eleitoral - que dura 24 horas.
Depois os resultados finais são publicados em Diário da República e “logo a seguir é convocada a primeira reunião da Assembleia da República, que se ocorrer, como se espera, na terça-feira, isso significa que na quarta-feira ao fim da manhã teremos a pose, desejavelmente de todo o Governo - todos os ministros e todos os secretários de Estado”, descreveu Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado sobre o valor recorde da abstenção de 51,43% registado nestas legislativas, o Presidente da República desvalorizou o número lembrando que já se sabia que “ao alargar o eleitorado em quase um milhão e meio” de pessoas com o recenseamento de muitos portugueses residentes no estrangeiro, isso “significava, muito provavelmente, que aumentasse o número de votantes - e aumentou imenso - e levaria a que o valor global [da abstenção] subisse também”.
Marcelo Rebelo de Sousa prefere ver o copo meio cheio, ou seja, é “preferível ter muitos mais compatriotas que vivem no estrangeiro a votar do que propriamente ficar preso pelo problema de poderem ainda ser mais”. E vincou: “Podem ser mais. É o primeiro ano em que se experimenta este novo regime de recenseamento e de alargamento do eleitorado. Espero que no futuro os portugueses espalhados pelo mundo votem mais. Mas já votaram mais nas europeias e já votaram francamente mais nas legislativas [do que em eleições anteriores].”