PSD diz que urgência pediátrica de Chaves sem médico à noite pode “criar situação grave”

A urgência de pediatria em Chaves funciona entre as 08:00 e 20:00 com um pediatra em permanência, e, a partir desta hora, o atendimento é feito por chamada telefónica ao médico para se deslocar ao hospital.

Foto
Rui Gaudencio

O presidente da concelhia do PSD de Chaves, Carlos Castanheira Penas, disse nesta quinta-feira que a falta de pediatras em permanência na urgência do hospital durante a noite pode “criar uma situação grave” na época de gripes.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente da concelhia do PSD de Chaves, Carlos Castanheira Penas, disse nesta quinta-feira que a falta de pediatras em permanência na urgência do hospital durante a noite pode “criar uma situação grave” na época de gripes.

“É uma preocupação minha e, acredito eu, da maioria dos flavienses, que o nosso serviço de urgência não tenha médico de pediatra em permanência a partir das 20h00”, adiantou à Lusa.

A urgência de pediatria do Hospital de Chaves está sem médico permanente durante a noite, entre as 20h00 e as 08h00, pelo menos desde o verão do ano passado, revelou à Lusa uma associação de pais do concelho de Chaves, no distrito de Vila Real.

“Actualmente, a urgência de pediatria em Chaves funciona entre as 08:00 e 20:00 com um pediatra em permanência, e, a partir desta hora, o atendimento é feito por chamada telefónica ao médico para se deslocar ao hospital”, explicou um membro da direcção da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins de Chaves.

A aproximação da época do ano em que há surtos de gripes e constipações, o que motiva uma maior afluência às urgências, merece também o alerta do líder do PSD de Chaves.

“Tendo em consideração, inclusive, a fragilidade das nossas crianças, parece-me muito preocupante não haver médico pediatra em permanência ao invés do regime por chamada telefónica que acontece actualmente”, vincou.

Castanheira Penas realçou que, apesar do médico ter 45 minutos para se deslocar ao hospital após a chamada telefónica, numa época de afluência pode “consubstanciar alguns problemas”.

O também vereador da Câmara Municipal de Chaves pelo PSD destacou ainda que esta situação é “preocupante” pelo facto de o hospital servir ainda os concelhos vizinhos de Montalegre, Boticas e Valpaços.

O Hospital de Chaves, integrado no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), sediado em Vila Real, serve, além deste concelho, os de Montalegre, Boticas e Valpaços.

A distância entre Chaves e a vila de Montalegre é de 39 quilómetros, enquanto para a cidade de Valpaços distam 29 quilómetros e para a vila de Boticas são 28 quilómetros.

Já entre Chaves e Vila Real é necessário percorrer 71 quilómetros.

Segundo dados do sítio na Internet do CHTMAD, a influência directa do Hospital de Chaves abrange cerca de 82.350 pessoas e 2.200 quilómetros quadrados.