Helena Roseta renuncia à presidência da Assembleia Municipal de Lisboa
“Preciso de tempo para fazer as coisas que ainda quero fazer na vida e na política”, disse.
Helena Roseta vai renunciar ao mandato de presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e deixará também de ser deputada naquele órgão. A notícia foi comunicada esta quinta-feira aos membros do movimento Cidadãos por Lisboa, durante um jantar de comemoração dos 12 anos desta formação política que Roseta fundou para se candidatar à presidência da Câmara de Lisboa, em 2007.
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Helena Roseta vai renunciar ao mandato de presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e deixará também de ser deputada naquele órgão. A notícia foi comunicada esta quinta-feira aos membros do movimento Cidadãos por Lisboa, durante um jantar de comemoração dos 12 anos desta formação política que Roseta fundou para se candidatar à presidência da Câmara de Lisboa, em 2007.
“Preciso de tempo para fazer as coisas que ainda quero fazer na vida e na política”, explicou Roseta, de 71 anos. “Chegou a minha vez de reivindicar o direito a ter o meu tempo.”
A autarca não deixou, ainda assim, de expressar desejos para o futuro. “A ferramenta para fazer participação pública é muito antiquada” e muitas vezes é usada como “forma de legitimar factos consumados”, disse, lembrando que este foi um tópico por que batalhou nestes 12 anos e que precisa de ser afinado pela Câmara.
Helena Roseta também pediu “uma mudança de paradigma” no Urbanismo da cidade. “O urbanismo é uma actividade que tem a capacidade de produzir moeda e a regulação dessa moeda continua a ser muito deficiente.”
“Quanto é que vale uma decisão da Câmara e a quem é que isso serve?”, questionou, adiantando que não é fácil saber a resposta e que, por isso, “é preciso olhar para a legislação de urbanismo”.
A autarca revelou igualmente que vai devolver à Câmara a alteração simplificada do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (Pualze), que prevê que um conjunto de edifícios percam as classificações actuais e possam, assim, entrar no mercado do turismo ou da habitação de luxo. “A CCDR tem de dar um parecer e já disse várias vezes que isto não é uma alteração simplificada.”
A ainda autarca defendeu, por fim, a criação de um plano metropolitano de Habitação, uma das suas causas, porque “o problema da habitação em Lisboa não se resolve só em Lisboa”, disse.