Militares portugueses ajudam a evitar que Iraque seja “exportador de terrorismo”

Força Nacional Destacada estará seis meses em missão de formação.

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Foto de arquivo: militares regressam do Afeganistão LUSA/RODRIGO ANTUNES

O ministro da Defesa Nacional despediu-se nesta segunda-feira da 10.ª Força Nacional Destacada, composta por 30 militares, que partiram para o Iraque para dar formação às Forças Armadas locais e evitar que o país seja “exportador de terrorismo”.

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O ministro da Defesa Nacional despediu-se nesta segunda-feira da 10.ª Força Nacional Destacada, composta por 30 militares, que partiram para o Iraque para dar formação às Forças Armadas locais e evitar que o país seja “exportador de terrorismo”.

“O Iraque tem sido ao longo dos anos uma fonte de grande instabilidade, mas através desta missão “Inherent Resolve”, onde participam militares portugueses, tem sido possível dar a formação necessária para que as forças de segurança tomem conta do seu próprio país e evitem que venha a ser exportador de terrorismo, como tem sido noutros momentos”, referiu João Gomes Cravinho.

O governante falava aos jornalistas na Base Aérea n.º 6, no Montijo, no distrito de Setúbal, naquele que foi o último contingente militar em que participou enquanto líder do Ministério da Defesa Nacional, reconhecendo o “esforço e sacrifício” dos militares que estarão seis meses em missão.

Esta é a décima força do Exército Português que parte para o Iraque, ficando sediada na base espanhola Gran Capitan no Besmayah Range Complex, a cerca de 50 quilómetros da capital daquele país, Bagdade.

“Quando estive em Julho no Iraque, tive ocasião de ver a qualidade do trabalho que [os militares portugueses] fazem na formação das forças iraquianas e, por isso, dizer aos militares que cada mês que eles lá passam é um mês em que as forças iraquianas ficam mais capazes de assumir as suas próprias responsabilidades”, frisou.

Segundo o ministro, esta formação é muito importante não só para o país do Médio Oriente, mas também para Portugal e para a Europa porque o Daesh “é uma ameaça e não está erradicado”.

“Nós sabemos que perderam o controlo do seu chamado califado, na Síria, e isso levou a uma maior instabilidade no Iraque durante algum tempo. Entretanto temos preocupações em relação ao que se passa hoje na Síria e tudo isso resulta no facto de não podermos dar por encerrado este combate contra o terrorismo”, explicou.

Ainda assim, segundo um membro do Exército Português, a situação no país está “controlada” e os militares partem “com sentimento de segurança”, com a certeza de que darão o seu melhor.

O 10.º Contingente é constituído por 30 militares (27 homens e três mulheres) de várias armas e serviços do exército, para que a formação seja dada em diferentes valências.

Em Abril, tinha partido a 9.º Força Nacional Destacada, composta por 25 militares do Exército Português, que regressa esta semana, depois de seis meses de formação.