Plano Nacional vai estudar hábitos de leitura dos alunos

Dados poderão ser conhecidos dentro de dois anos.

Foto
Daniel Rocha

O Plano Nacional de Leitura (PNL) vai retomar os estudos sobre os hábitos de leitura dos alunos. Os dados poderão ser conhecidos dentro de dois anos, anunciou este domingo o secretário de Estado da Educação, João Costa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Plano Nacional de Leitura (PNL) vai retomar os estudos sobre os hábitos de leitura dos alunos. Os dados poderão ser conhecidos dentro de dois anos, anunciou este domingo o secretário de Estado da Educação, João Costa.

“A componente de estudos é uma das frentes que estamos a retomar nestes novos dez anos (2017-2027) do Plano Nacional de Leitura”, disse governante, anunciando o lançamento de “um estudo sobre hábitos de Leitura”. O PNL “está agora a fazer uma candidatura”, adiantou o governante, estimando que “dentro de dois anos já possa haver alguns resultados” sobre literacia e hábitos de leitura nas escolas.

João Costa falava em Óbidos, onde hoje encerrou o 5.º Seminário Internacional Folio Educa, integrado na programação do Folio - Festival Internacional de Literatura, que decorre na vila até ao próximo dia 20. O encontro reuniu durante o fim-de-semana mais de uma centena de professores, sobretudo bibliotecários, para debater “O tempo e medo” na perspectiva da “leitura, literatura, educação e bibliotecas”. João Costa sublinhou ainda “a redefinição das prioridades estratégicas” da rede de bibliotecas escolares, feita nos últimos anos para “trazer a biblioteca para o centro da actividade da escola”, através de programas voltados, entre outras matérias, para “a promoção da cidadania e a inclusão em contexto escolar”.

Desde o final do Verão passado que as bibliotecas escolares do país estão também a desenvolver o programa “Cientificamente provável”, assente em parcerias com centros de investigação de universidades “para haver mais cientistas a ir às escolas e mais escolas a irem aos centros de investigação”. De acordo com o secretário de Estado, foram já firmadas “cerca de 300 parcerias”.

O Folio conta com mais de 210 iniciativas, distribuídas por 450 horas de programação em torno da literatura. Sob o tema “O Tempo e o Medo”, mais de meio milhar de convidados de quatro continentes participam em 16 mesas de escritores, 12 exposições e 13 concertos. Organizado em cinco capítulos (autores, folia, educa, ilustra e Folio Mais) o festival teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários, sendo desde então custeado pela autarquia e por parceiros institucionais.