Adolfo Mesquita Nunes afasta-se da liderança do CDS

Ex-vice-presidente do CDS diz não ao desafio que lhe foi lançado por Pires de Lima.

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AdolfoMesquita Nunes retirou-se da corrida pela liderança do CDS Adriano Miranda

O ex-vice-presidente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, assumiu este domingo, na sua conta de Facebook, que não vai disputar a liderança do CDS, na sucessão da presidente demissionária, Assunção Cristas, que se demitiu na noite de domingo, após a divulgação dos resultados eleitorais em que o seu partido elegeu apenas cinco deputados e obteve 4,25% dos votos.

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O ex-vice-presidente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, assumiu este domingo, na sua conta de Facebook, que não vai disputar a liderança do CDS, na sucessão da presidente demissionária, Assunção Cristas, que se demitiu na noite de domingo, após a divulgação dos resultados eleitorais em que o seu partido elegeu apenas cinco deputados e obteve 4,25% dos votos.

“Não serei candidato à liderança do partido, em coerência aliás com uma escolha que fiz em Março deste ano, cuja fundamentação se mantém”, escreve Adolfo Mesquita Nunes, justificando a sua decisão com a opção feita em Março de abandonar os cargos de direcção no CDS por ter aceitado ser administrador não executivo da Galp.

Responsável pela coordenação da elaboração do programa eleitoral do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, explica que “tinha como objectivo não falar em público do CDS nem dos seus desafios futuros antes de o fazer no Conselho Nacional do partido, que decorrerá esta quinta-feira”. Mas que decidiu quebrar esse silêncio para que a ele “não pudesse corresponder qualquer significado político de aceitação de um desafio do António Pires de Lima”.

Refira-se que, em entrevista à Antena 1, o antigo dirigente do CDS António Pires de Lima afirmou que desejava ver “o talento” de Adolfo Mesquita Nunes “posto à prova numa função de liderança na política”. Considerando: “Acho que seria um grande desperdício para o CDS se isso não viesse a acontecer no nosso partido.”

O ex-secretário de Estado do Turismo do governo de Passos Coelho, Adolfo Mesquita Nunes garante, porém, que estará “presente na discussão sobre os desafios do CDS e sobre a necessidade de construir uma alternativa mobilizadora ao socialismo”. Afirma ainda: “Estarei com toda a certeza presente no Congresso do CDS, dando em liberdade conta das minhas opiniões.”