1. Os jornalistas europeus que caíram sobre Lisboa nas vésperas das eleições para tentar perceber como funcionava a “aldeia de Asterix” portuguesa queriam saber, no essencial, duas coisas. A explicação para o sucesso do Partido Socialista, quando a social-democracia está em mau estado por quase toda a Europa, nalguns casos em estado comatoso, noutros à procura de uma nova razão de ser. O corolário desta questão era sobre a “geringonça” e a sua estranha compatibilidade com um défice próximo de zero e um ministro das Finanças a presidir ao Eurogrupo. A segunda pergunta era sobre as razões pelas quais não havia por cá partidos populistas ou de extrema-direita, mais uma vez ao contrário do que acontece em praticamente todos os países União Europeia.
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1. Os jornalistas europeus que caíram sobre Lisboa nas vésperas das eleições para tentar perceber como funcionava a “aldeia de Asterix” portuguesa queriam saber, no essencial, duas coisas. A explicação para o sucesso do Partido Socialista, quando a social-democracia está em mau estado por quase toda a Europa, nalguns casos em estado comatoso, noutros à procura de uma nova razão de ser. O corolário desta questão era sobre a “geringonça” e a sua estranha compatibilidade com um défice próximo de zero e um ministro das Finanças a presidir ao Eurogrupo. A segunda pergunta era sobre as razões pelas quais não havia por cá partidos populistas ou de extrema-direita, mais uma vez ao contrário do que acontece em praticamente todos os países União Europeia.