Noam Chomsky: “Desmantelar o imperialismo é um projecto perfeitamente viável”

A poucos meses de completar 91 anos, o anarco-sindicalista e socialista libertário Noam Chomsky defende, ao P2, que desmantelar o imperialismo continua a ser um “projecto perfeitamente viável”. Sem “razão para o desespero”, a esperança do académico — que se tornou um dos mais citados da actualidade — é revigorada por movimentos como o EUA Sunrise e o Extinction Rebellion. No entanto, quando se fala do amanhã, prefere que as questões sejam dirigidas a quem ainda está para vir.

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Começou por ser um convite para um café em Nova Iorque no início do ano. Noam Chomsky, que se mudou para Tucson há três anos para leccionar na Universidade do Arizona, sugeriu remediar o desencontro de agendas e ofereceu-se a responder por email. O que acabou por acontecer, ainda que vários meses mais tarde. Conhecido pelas duras críticas tecidas aos meios de comunicação social — que acusou, várias vezes, de cederem aos caprichos do capitalismo , e à política norte-americana  posição que lhe valeu um lugar na lista de inimigos de Richard Nixon , o chamado “pai da linguística moderna” diz continuar “preocupado” com a paisagem política e social que nos circunda. Destaca, ao P2, como a raiva e o ressentimento foram o pontapé de partida para a ascensão de “demagogos”, a tentativa do capitalismo em nos tornar “sacos de batatas” e a solidão emocional promovida pelas elites.

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Começou por ser um convite para um café em Nova Iorque no início do ano. Noam Chomsky, que se mudou para Tucson há três anos para leccionar na Universidade do Arizona, sugeriu remediar o desencontro de agendas e ofereceu-se a responder por email. O que acabou por acontecer, ainda que vários meses mais tarde. Conhecido pelas duras críticas tecidas aos meios de comunicação social — que acusou, várias vezes, de cederem aos caprichos do capitalismo , e à política norte-americana  posição que lhe valeu um lugar na lista de inimigos de Richard Nixon , o chamado “pai da linguística moderna” diz continuar “preocupado” com a paisagem política e social que nos circunda. Destaca, ao P2, como a raiva e o ressentimento foram o pontapé de partida para a ascensão de “demagogos”, a tentativa do capitalismo em nos tornar “sacos de batatas” e a solidão emocional promovida pelas elites.