Depois do fim do mundo, os anos 80
American Horror Story: 1984 estreia na madrugada de segunda-feira no canal Fox.
Já não é de agora que o século XXI está a ser invadido pelos anos 1980. Nunca deixámos de ouvir Billy Idol e os Wham!, vamos em breve levar com uma nova versão de Alf, a RTP já anunciou uma nova série de “Conta-me como foi” passada nesta década e ainda há gente que tem as cassetes áudio e VHS (ou Beta) a apanhar pó na arrecadação. E o que mais era grande nos anos 80? Os filmes de terror. Este era tempo dos Sexta-Feira 13, dos Pesadelo em Elm Street, dos Halloween, dos Slumber Party Massacre. Saudades disto tudo? E de aulas de aeróbica? A nona temporada de American Horror Story (AHS), que estreia nesta segunda-feira na Fox (3h15), é a solução.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Já não é de agora que o século XXI está a ser invadido pelos anos 1980. Nunca deixámos de ouvir Billy Idol e os Wham!, vamos em breve levar com uma nova versão de Alf, a RTP já anunciou uma nova série de “Conta-me como foi” passada nesta década e ainda há gente que tem as cassetes áudio e VHS (ou Beta) a apanhar pó na arrecadação. E o que mais era grande nos anos 80? Os filmes de terror. Este era tempo dos Sexta-Feira 13, dos Pesadelo em Elm Street, dos Halloween, dos Slumber Party Massacre. Saudades disto tudo? E de aulas de aeróbica? A nona temporada de American Horror Story (AHS), que estreia nesta segunda-feira na Fox (3h15), é a solução.
Depois do fim do mundo (e antes já tínhamos tido uma casa do crime, um asilo, um hotel, um circo de bizarrias, bruxas e uma parábola nada subtil sobre Donald Trump), agora temos a temporada dos anos 1980. Com AHS:1984, o criador Ryan Murphy aposta na estética da década (até no genérico, imagem quadrada e com riscos) e recupera os códigos dos filmes de terror desses anos: adolescentes num local remoto (um campo de férias com um passado sinistro que, por coincidência, fica perto de um asilo para doentes perigosos) a serem esventrados por um assassino com uma faca.
Claro que em AHS: 1984, as vítimas vão sempre a correr na direcção do(s) assassino(s), quando não estão a ter sexo umas com as outras ao som de uma banda sonora que vai de Hall & Oates, aos Def Leppard, das Banarama a Frank Stallone, o irmão cantor de Sly. Isto tem um certo sabor a Gritos, a brilhante desconstrução que Wes Craven fez dos códigos que ele próprio ajudou a consolidar (foi ele que criou Freddy Krueger, o matador de adolescentes em Elm Street).
Mas, se aprendemos alguma coisa com as oito temporadas de AHS, este 1984 será algo mais que um “slasher” esticado em dez episódios. O assassino talvez não seja quem estamos a pensar, talvez haja um elemento sobrenatural no meio disto tudo, talvez seja tudo um sonho. O que também acontecia nos anos 1980.