O Porto também é um vício literário
Começou com um guia literário e agora é uma visita guiada com cafés, livrarias, instituições e associações culturais, história e histórias. É a cidade de sempre, mas vista através dos livros e escritores – afinal, o Porto é uma cidade naturalmente literária.
É uma das primeiras histórias-histórias que ouvimos e o seu protagonista há-de acompanhar-nos: a de Camilo Castelo Branco e da visita de D. Pedro II do Brasil ao Porto em 1872, onde agraciou o escritor com a Ordem da Rosa. Mas, para tal, o monarca brasileiro teve de ir à casa de Camilo, perto do Jardim de São Lázaro, uma vez que este se escusou a ir ter com D. Pedro II ao seu hotel, dizendo que estava doente. E, já que se fala no hotel, o Louvre, a história do “calote” real: o imperador partiu sem pagar a conta, o que originou uma longa demanda que terminou com a viagem da proprietária até ao Rio de Janeiro, onde, perante a persistente recusa de pagamento régio, foram emigrantes portugueses que saldaram a dívida.