Itália já está no Euro 2020, Espanha ainda tem de esperar

Os espanhóis deixaram fugir o lugar no Europeu aos 90+4’, frente à Noruega.

Foto
Jogadores italianos festejam o apuramento LUSA/ETTORE FERRARI

A Itália vai ter, em 2020, a possibilidade de “vingar” o mau desempenho que teve no último Europeu, há quatro anos, em França. Neste sábado, garantiu a presença no próximo Campeonato da Europa, assegurando uma das duas vagas disponíveis no respectivo grupo de apuramento, algo que a Bélgica também já fez.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Itália vai ter, em 2020, a possibilidade de “vingar” o mau desempenho que teve no último Europeu, há quatro anos, em França. Neste sábado, garantiu a presença no próximo Campeonato da Europa, assegurando uma das duas vagas disponíveis no respectivo grupo de apuramento, algo que a Bélgica também já fez.

Em 2016, os transalpinos caíram nos quartos-de-final, frente à Alemanha, no desempate por pontapés da marca de penálti. Em 2020, um pouco por toda a Europa – uma competição histórica, com várias nações-sede –, os italianos terão muito por que lutar, tentando interromper um jejum de títulos importantes que dura desde o Mundial 2006.

Em Itália, a equipa da casa só precisava de vencer a Grécia e fê-lo, por 2-0, eliminando os gregos nesta qualificação. O jogo acabou por ser “morno”, com os italianos a terem muita posse de bola – superou os 70%, na primeira parte –, mas sem serem perigosos. O jogo foi disputado quase sempre nas imediações da área grega, mas sem a Itália ser capaz de rematar à baliza que, neste sábado, não foi defendida pelo benfiquista Vlachodimos.

Só na segunda parte o favoritismo teórico se traduziu em golos, num penálti. Insigne rematou, Bouchalakis cortou com a mão e Jorginho – com direito ao já famoso “saltinho antes de bater a bola” – adiantou a selecção de Roberto Mancini. Bernardeschi ainda tranquilizou os italianos, com alguma sorte à mistura, dando a Itália a garantia de que a Finlândia não a ultrapassará, aconteça o que acontecer nos últimos três jogos.

Já a Espanha teve praticamente os dois pés no Euro 2020, mas deixou voar o “bilhete” aos 90+4’ (1-1). Frente à Noruega, os espanhóis poderiam ter ido para o intervalo a perder: Joshua King teve duas boas oportunidades, aos 22’ e aos 29’, como pináculos de uma fase em que a equipa escandinava teve cerca de 20 minutos de domínio da partida. O jovem Odegaard foi sempre o “maestro”, com todas as jogadas a passarem pelos pés do criativo. A Noruega conseguiu várias jogadas de associações curtas em zona ofensiva, circundando a área espanhola, mas nunca foi além dos remates sem direcção.

Ainda com a cabeça na cabine, após o intervalo, os noruegueses mostraram-se passivos na defesa da baliza e, aos 47’, nada souberam fazer para parar o remate de Saúl, de fora da área. Era uma Espanha pouco entusiasmante e incapaz de criar oportunidades de golo, mas eficaz, optando pela solução da meia-distância. Com tudo feito para a celebração, Kepa “atropelou" Elabdellaoui na própria área, aos 90+4’, e Joshua King fez o empate, de penálti. A Espanha está quase no Europeu, mas ainda não está garantida. Tudo fruto de um empate que premeia o bom desempenho norueguês e castiga a apatia espanhola.

Neste grupo, destaque, ainda, para a Arménia, que desperdiçou, no Liechtenstein, a possibilidade de se colocar em excelente posição para o apuramento: Yanik Frick, filho do lendário Mario Frick, fez o segundo golo do Liechtenstein neste apuramento, “roubando” o triunfo aos favoritos arménios (1-1).