Grupo de adeptos pede fim da “instrumentalização política” do Benfica por André Ventura
Jacinto Lucas Pires, Henrique Raposo, Pedro Norton, José Eduardo Martins e Ricardo Araújo Pereira expressam publicamente “indignação” perante o facto de o presidente do Chega, André Ventura, ter usado o clube “para criar uma persona política”.
Um grupo de adeptos do Benfica pediu à direcção presidida por Luís Filipe Vieira para pôr fim à “instrumentalização política” do clube pelo partido Chega, em carta aberta publicada nesta sexta-feira na Tribuna Expresso.
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Um grupo de adeptos do Benfica pediu à direcção presidida por Luís Filipe Vieira para pôr fim à “instrumentalização política” do clube pelo partido Chega, em carta aberta publicada nesta sexta-feira na Tribuna Expresso.
“A direcção do Benfica não pode continuar a pactuar com a evidência mediática: o Chega chegou ao parlamento porque é liderado por uma personagem que é conhecida apenas e só por causa do Benfica”, denuncia o grupo de cinco subscritores.
Jacinto Lucas Pires, Henrique Raposo, Pedro Norton, José Eduardo Martins e Ricardo Araújo Pereira expressam publicamente “indignação” perante o facto de o presidente do Chega, André Ventura, ter usado o clube “para criar uma persona política”, assinalando que “a instrumentalização política do Benfica é errada por princípio”.
“Neste caso, é ainda mais grave, porque o Chega é um partido de extrema-direita abertamente anti-sistema e xenófobo, isto é, um partido que é a negação da identidade do Benfica. O clube de Eusébio, Coluna, Renato e Gedson, entre outros, não pode ser associado a uma figura xenófoba”, adverte aquele grupo de adeptos.
O Chega, pelo qual André Ventura foi eleito deputado por Lisboa, é uma das três novas forças políticas que chegaram ao parlamento, na sequência das eleições legislativas realizadas no domingo, em conjunto com o Livre e o Iniciativa Liberal.
Contactado pela agência Lusa, o Benfica recusou comentar a carta aberta e remeteu para os estatutos do clube, nos quais é indicado que o clube não diferencia os sócios “em razão da raça, género, sexo, ascendência, língua, nacionalidade ou território de origem, condição económica e social e convicções políticas, ideológicas e religiosas”.
"Nunca usei o nome do Benfica"
Em declarações ao diário desportivo Record, André Ventura lamenta a carta aberta, garantindo que fez sempre questão de separar o clube do partido. “Lamento que continuem que continuem a chamar o Benfica para esta questão. Sempre separei política do futebol. Nunca usei o nome do Benfica, nem assisti a qualquer o jogo durante a campanha. Saúdo a posição do Benfica em não fazer comentários e remetendo para os estatutos”, afirmou o deputado.
Notícia actualizada às 18h53: Acrescentada ao texto reacção de André Ventura