Marcelo apela ao voto e lança desafios ao futuro Governo

Na tradicional mensagem das vésperas das eleições, o Presidente da República pede aos portugueses que não deixem de votar. “São quatro anos decisivos na vida de Portugal”.

Num vídeo que não chega a cinco minutos, Marcelo Rebelo de Sousa divulgou neste sábado a sua tradicional mensagem presidencial de combate à abstenção. E deixou alguns desafios ao futuro Governo. “O que vos peço é muito simples: por convicção, por confiança, por rejeição, por realismo, por exclusão de partes, seja qual for a razão do vosso voto, não deixem de votar amanhã. São quatro anos decisivos da vida de Portugal”, diz o Presidente da República no seu vídeo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Num vídeo que não chega a cinco minutos, Marcelo Rebelo de Sousa divulgou neste sábado a sua tradicional mensagem presidencial de combate à abstenção. E deixou alguns desafios ao futuro Governo. “O que vos peço é muito simples: por convicção, por confiança, por rejeição, por realismo, por exclusão de partes, seja qual for a razão do vosso voto, não deixem de votar amanhã. São quatro anos decisivos da vida de Portugal”, diz o Presidente da República no seu vídeo.

Quanto aos desafios para a próxima legislatura, eles incluem temas do futuro, como as alterações climáticas, mas também temas que se vêm repetindo no discurso do chefe de Estado e dos líderes partidários, como mais crescimento e mais emprego. 

“​Da Assembleia da República a eleger sairá um Governo, que terá, tal como a própria Assembleia, desafios de peso pela frente: superar efeitos negativos da quebra da natalidade e do envelhecimento das populações, das alterações climáticas e de crises vindas de fora; apostar em mais crescimento, em mais emprego, e no combate à pobreza e às desigualdades entre pessoas, mas também entre sectores litorais e interiores do Continente, e entre áreas deste e as regiões autónomas; assegurar melhor educação e melhor saúde; garantir segurança social para um futuro mais longo; preparar para as mudanças na ciência e na tecnologia que moldarão o futuro”, avisa Marcelo.

Repetindo o apelo de Maio, feito nas vésperas das europeias, o chefe de Estado lamenta que “a percentagem dos abstencionistas" tenha sido “muito elevada” e, por isso, empenha-se ainda mais. Na sua mensagem lembra, por exemplo, que os portugueses dispõem “várias escolhas, que chegam a vinte e uma nalguns círculos eleitorais”, e elogia o "longo período de debate pré-eleitoral e eleitoral” que permitiu “que listas e candidatos se desdobrassem em iniciativas de apresentação ou de confronto de ideias”.

“Múltiplas entrevistas e debates proporcionaram oportunidades de observação e de ponderação dos eleitores. Todos fizeram o que se encontrava ao seu alcance para conquistarem o voto para as suas causas”, sublinha, como que dizendo ao eleitor que no domingo é a sua vez de fazer o que lhe compete. “Não votar é entregar a outros uma decisão que é nossa. E é perder autoridade para lamentar, para contestar, para recusar, o que, ao fim e ao cabo, seja resultado da apatia, do desinteresse ou do comodismo, dos que optem por não optar”, insiste.

Marcelo acrescenta outras razões para votar. “Os sinais económicos e políticos preocupantes – no mundo e na Europa – são hoje mais claros do que em Maio. O relacionamento imediato entre o Reino Unido e a União Europeia é hoje mais indefinido do que em Maio. Os efeitos do ambiente internacional na nossa economia serão, certamente, importantes no período de quatro anos, aberto pelas eleições de amanhã”.

<_o3a_p>

Nesse período, regista o Presidente, realizam-se no país importantes eventos como a Conferência Mundial sobre os Oceanos (2020), Portugal assume a presidência da União Europeia (2021); haverá cimeiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Cimeiras e Ibero-Americanas (2020 e 2022); e terminam os mandatos de portugueses em organizações cruciais.