Esporão quer produzir no Ameal “um dos melhores brancos do mundo”
Depois do Douro, onde tem a Quinta dos Murças, a herdade alentejana chega à região dos Vinhos Verdes, com o Ameal, onde planeia aprofundar o trabalho em torno da casta Loureiro.
O enólogo do Esporão José Luís Moreira da Silva conhece bem os vinhos do Alentejo, tem vindo a explorar os do Douro, na Quinta dos Murças, mas nunca trabalhou nos Vinhos Verdes, onde, entre outras coisas, terá um clima muito diferente. Por isso, não esconde o entusiasmo por poder agora fazê-lo na Quinta do Ameal, que a herdade alentejana do Esporão acaba de comprar ao até aqui proprietário, Pedro Araújo.
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O enólogo do Esporão José Luís Moreira da Silva conhece bem os vinhos do Alentejo, tem vindo a explorar os do Douro, na Quinta dos Murças, mas nunca trabalhou nos Vinhos Verdes, onde, entre outras coisas, terá um clima muito diferente. Por isso, não esconde o entusiasmo por poder agora fazê-lo na Quinta do Ameal, que a herdade alentejana do Esporão acaba de comprar ao até aqui proprietário, Pedro Araújo.
Trata-se de uma propriedade histórica, no vale do rio Lima, na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, 30 hectares ao todo, sendo 14 de vinhas (cinco serão agora reestruturados) e com um trabalho muito centrado na casta Loureiro.
“A escolha do Ameal vem da vontade de ter uma quinta diferenciadora”, explica o enólogo, “e aí entra o Loureiro, que é uma aposta, com um perfil de vinhos diferentes do que é o tradicional Vinho Verde”.
O Esporão, garante, vai entrar como costuma fazer nos seus projectos (acaba de abrir também um restaurante-loja no Porto), com calma, aprendendo com quem os conhece melhor – neste caso, contando com a colaboração de Pedro Araújo.
“Vamos ter, como já acontecia, uma oferta muito baseada nas diferentes expressões do Loureiro. E queremos explorar o enoturismo, aproveitando o que já existe e crescendo a partir daí.”
José Luís está convencido de que a região dos Vinhos Verdes “pode ser das melhores do mundo para produzir brancos”. Por isso, os seus planos passam por adquirir um conhecimento mais profundo dos solos, por perceber por que é que o Loureiro se dá tão bem ali e, claro, “com a nossa irreverência, experimentar algumas técnicas novas”.
Há muito trabalho a fazer, conclui, mas há também “a oportunidade de produzir um dos melhores vinhos brancos do mundo”.