Investigadores criam prótese que devolve sensação a amputados

Tecnologia imita os estímulos eléctricos que o sistema nervoso teria recebido se a perna estivesse intacta.

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Bassam Khabieh/Reuters

Uma equipa de investigadores criou uma prótese para pessoas cujas pernas foram amputadas que permite recriar sensação no joelho e pé, evitando quedas e permitindo movimentos complexos. O projecto, divulgado na revista Science Translational Medicine, usa próteses que estimulam nervos no que resta da perna e permitiu a três pacientes amputados acima do joelho desempenhar melhor tarefas, como subir escadas e contornar obstáculos.

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Uma equipa de investigadores criou uma prótese para pessoas cujas pernas foram amputadas que permite recriar sensação no joelho e pé, evitando quedas e permitindo movimentos complexos. O projecto, divulgado na revista Science Translational Medicine, usa próteses que estimulam nervos no que resta da perna e permitiu a três pacientes amputados acima do joelho desempenhar melhor tarefas, como subir escadas e contornar obstáculos.

As próteses foram criadas por um consórcio europeu baseado no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, em colaboração com instituições sérvias. “Mostrámos que não é preciso tanto esforço mental para controlar a perna biónica porque o amputado sente que a prótese faz parte do seu próprio corpo”, afirmou o investigador Stanisha Raspopovic.

Como tinham sensação transmitida por eléctrodos aplicados no coto, isso libertou os participantes nos testes de terem que olhar para onde estavam a colocar a prótese, permitindo-lhes até recuperar de situações em que estavam a cair. “Imagens cerebrais e testes psicofísicos confirmaram que o cérebro é menos solicitado com a perna biónica, libertando mais capacidade mental para completar as várias tarefas com sucesso”, afirmam os investigadores.

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Lusa

A tecnologia usada imita os estímulos eléctricos que o sistema nervoso teria recebido se a perna estivesse intacta. O protótipo tem sete sensores na sola do pé artificial e um codificador no joelho que detecta o ângulo de flexão do pé da prótese, baseando-se nos sinais emitidos pelos sensores. Os estímulos passam por um algoritmo que transmite os sinais através de eléctrodos em contacto com os nervos, especificamente, o nervo tibial, até chegar ao cérebro.

O protótipo ainda não chegou ao mercado, mas a equipa considera que poderá estar disponível em breve, apostando num período experimental maior e com mais voluntários.