Há um Museu da Vagina para descobrir em Londres a partir de Novembro

A intenção é combater tabus em torno do órgão sexual feminino. A ideia é de Florence Schechter e surgiu depois de a comediante ter conhecido um museu islandês dedicado ao pénis.

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Festas, noites de comédia, visitas de estudo e exposições de arte são as formas encontradas por Florence Schechter para ajudar a quebrar o estigma associado aos órgãos genitais femininos. A britânica é a directora do primeiro Museu da Vagina do mundo, que vai abrir em Londres já em Novembro.

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Festas, noites de comédia, visitas de estudo e exposições de arte são as formas encontradas por Florence Schechter para ajudar a quebrar o estigma associado aos órgãos genitais femininos. A britânica é a directora do primeiro Museu da Vagina do mundo, que vai abrir em Londres já em Novembro.

Foi em 2017 que a comediante e divulgadora de ciência descobriu, na Islândia, um museu dedicado ao pénis e considerou que seria justo que existisse um a pensar na vagina. A ideia não é apenas expor quadros ou esculturas, mas pensar sobre questões como a mutilação genital feminina, a violação, a violência doméstica e a saúde sexual. “É realmente importante porque é uma parte do corpo extremamente estigmatizada e que [esse estigma] tem consequências no mundo real”, justifica Schechter à Reuters.

“Vamos abordar todos os tabus em torno desta parte do corpo”, promete, recordando que, por exemplo, ainda há jovens e mulheres que não se sentem confortáveis ​ao fazer check-ups ginecológicos, ou exames ao colo do útero ou a falar sobre a menstruação. Por isso, serão importantes as visitas de estudo não só de escolas, mas também de famílias, para que todos se sintam à-vontade para falar, desde a mais tenra idade, defende. “É mais difícil falar sobre o tema quando se tem vergonha do corpo. Trata-se de acabar com o estigma”, sublinha.

O museu, que será na zona do mercado de Camden, não está só vocacionado para as mulheres, mas para todos os géneros, porque “nem todos os que têm uma vagina são mulheres e nem todas as mulheres têm uma vagina”, justifica a directora, que quer que este funcione também como um espaço aberto à comunidade.