Grupo Pinto Brasil interessado na Tegopi, falida

Grupo Guimarães assume vontade de investir na empresa de Gaia, que chegou a ser a maior fabricante nacional de torres eólicas.

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A Tegopi converteu a actividade para a fabricação de torres eólicas Nelson Garrido/Arquivo

O presidente do Grupo Pinto Brasil, que actua no sector da metalomecânica e tem sede em Guimarães, tem a intenção de investir na Tegopi. Esta empresa de Vila Nova de Gaia chegou a ser a maior produtora nacional de torres eólicas e será liquidada. “Não posso dizer valores, mas vamos analisar tudo, ver os prós e os contras, e estou confiante que conseguiremos avançar com o negócio”, assegura Manuel Pinto Brasil.

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O presidente do Grupo Pinto Brasil, que actua no sector da metalomecânica e tem sede em Guimarães, tem a intenção de investir na Tegopi. Esta empresa de Vila Nova de Gaia chegou a ser a maior produtora nacional de torres eólicas e será liquidada. “Não posso dizer valores, mas vamos analisar tudo, ver os prós e os contras, e estou confiante que conseguiremos avançar com o negócio”, assegura Manuel Pinto Brasil.

O empresário confirmou que “existiram contactos” com o administrador de insolvência da Tegopi e que, “por estar dentro do seu âmbito de negócio e para evitar o despedimento de tantas pessoas”, quer investir na empresa de Gaia.

Manuel Pinto Brasil disse que é objectivo do seu grupo, que actualmente tem como principais mercados a Europa, norte de África e América do Norte, “crescer no sector e alcançar mercados alternativos”, razão pela qual procura “oportunidades de investir junto de empresas cujos trabalhadores têm experiência no sector”.

Nomes para despedimentos afixados

Manuel Pinto Brasil falava à Lusa depois de esta manhã o administrador de insolvência da Tegopi, António Dias Seabra, ter dito na assembleia de credores que decorreu no Tribunal do Comércio, em Vila Nova de Gaia, que tinha sido contactado por um investidor que poderia garantir a manutenção de parte da empresa de fabrico de torres eólicas localizada em Vilar do Paraíso e que emprega cerca de 200 trabalhadores, mas onde na sexta-feira foi afixada uma folha com o nome de 98 trabalhadores a dispensar desde segunda-feira.

Esta manhã, numa sessão longa e com muitas intervenções, e que juntou na assistência mais de uma centena de trabalhadores, foi votada e decidida a liquidação da empresa, mas esta manter-se-á aberta, já que foi anunciado o interesse de um novo investidor.

“Fui contactado por um novo investidor, o Pinto Brasil, que poderá viabilizar parte da empresa. Proponho a liquidação da empresa salvaguardando partes”, disse António Dias Seabra, que viu aprovada a sugestão sob a figura jurídica “liquidação da empresa com manutenção do estabelecimento”.

A liquidação da Tegopi não será, assim, comunicada às Finanças, para que esta possa laborar enquanto vão decorrer as negociações com o novo investidor. A assembleia de credores reuniu os próprios ou mandatários, tendo ficado marcada pela ausência de representantes da Tegopi. Foi ainda decidido que os bens ficarão apreendidos, mas não alienados, o que na prática significa que não podem ser vendidos nem penhorados.